Em cerimônia concorrida no Palácio do Planalto, prestigiada também pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) tomou posse como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), função que acumulará com o cargo de vice-presidente do país.
Em seu discurso, Alckmin desejou que o país passe por "dias de crescimento e justiça social" durante sua gestão à frente do MDIC e afirmou, algumas vezes, que pretende potencializar o crescimento das indústrias do país, setor que hoje representa 11% do PIB nacional, de acordo com o ministro.
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"A reindustrialização é essencial para que possa ser retomado o desenvolvimento sustentável e que essa retomada ocorra sobre o prisma da justiça social", afirmou Alckmin, que citou Lula durante o discurso.
"O senhor terá de mim não apenas a lealdade de um ministro que se soma ao vice, mas a minha dedicação integral em prol de uma agenda que contribua para reverter resultados inaceitáveis que nossa economia vem acumulando nos últimos anos."
Como tem sido habitual nos discursos dos ministros empossados do governo de Lula, sobraram críticas a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que abandonou o país em 30 de dezembro do ano.
"Depois de quatro anos de descaso, de má gestão pública, e de desalinho com os reais problemas brasileiros, o presidente Lula, com acerto, determinou a recriação do MDIC, como uma medida fundamental para o Brasil retomar o caminho do desenvolvimento como já ocorreu nos seus governos, que foram bem sucedidos", contou o ministro.
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Apesar de falar em expansão da indústria, Alckmin demonstrou conexão com uma das prioridades do governo Lula, a preservação do meio ambiente, e disse que "a sustentabilidade é ponto de partida de toda a política industrial".
Alckmin anunciou três secretarias que serão incorporadas a estrutura do MDIC: Câmara de Comércio Exterior (Camex), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Edição: Nicolau Soares