Após Estados Unidos, Japão e algumas nações da União Europeia aplicarem restrições epidemiológicas para viajantes vindos da China, como testes obrigatórios prévios de covid-19, Pequim afirmou nesta terça-feira (3) que poderá responder.
“Nos opomos firmemente à prática de manipular medidas pandêmicas para fins políticos e tomaremos medidas correspondentes de acordo com o princípio da reciprocidade e de acordo com diferentes situações”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, de acordo com o jornal South China Morning Post.
Todos os países da União Europeia estão discutindo a adoção de uma política uniforme que pode exigir testes de viajantes provenientes da China. O assunto foi pauta de uma reunião realizada em Bruxelas, na Bélgica. A comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides, afirmou também nesta terça que existe "convergência sobre as ações que devem ser tomadas, entre as quais testes antes da partida".
O bloco europeu também ofereceu vacinas para a China, mas Pequim rejeitou a oferta e afirmou que tem a pandemia sobre controle. "A situação da covid na China é previsível e está sob controle. Estamos prontos para trabalhar com a comunidade internacional em solidariedade, enfrentar o desafio da covid com mais eficácia e proteger melhor a vida e a saúde das pessoas", disse a porta-voz da chancelaria chinesa quando perguntada sobre o assunto.
Marrocos, por sua vez, aplicou restrições ainda mais severas. O país africano decidiu proibir a entrada de todos os viajantes vindos da China continental.
Em novembro, a China decidiu reverter sua política de "covid zero", que previa rígidos programas de lockdown e testagem em massa. A medida foi tomada após o país registrar protestos contra a política pública. Desde então, o número de casos subiu. De acordo com o jornal South China Morning Post, a Comissão Nacional de Saúde da China parou de anunciar os números diários de infecções em 25 de dezembro, pois o teste obrigatório não era mais exigido.
Edição: Arturo Hartmann