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Inflação da cesta básica de alimentos no Rio ficou acima de 12% em 2022, aponta Dieese

Valor da cesta em novembro corresponde a 66,83% do salário mínimo - que deveria somar R$ 6.575,30

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Rio é a quarta capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo - IDEME/Divulgação/Fotos Públicas/ND

O custo médio da cesta básica de alimentos no Rio de Janeiro foi de R$ 749,25 em novembro, com inflação acumulada de 12,57% desde o início do ano. A pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indica que houve variação mensal de 1,76%, elevando o valor da cesta que no mês de outubro foi de R$ 736,28 na capital carioca.

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Segundo o Dieese, São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 782,68), seguida por Porto Alegre (R$ 781,52), Florianópolis (R$ 776,14), Rio de Janeiro (R$ 749,25) e Campo Grande (R$ 738,53).  

Com este resultado, o Rio de Janeiro é a quarta capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo. O valor da cesta de alimentos comprometeu 66,83% do salário mínimo nesse período.

Salário mínimo

Em novembro de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.575,30, ou 5,43 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. O valor leva em consideração as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Já o tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 121 horas e 2 minutos, maior do que o registrado em outubro, de 119 horas e 37 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5%, referente à Previdência Social, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, 59,47% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, mais do que em outubro, quando precisou usar 58,78%. Em novembro de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 58,95%.

Edição: Clívia Mesquita