Na última segunda-feira (5), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou que a concessionária CCR Barcas vai ficar mais um ano gerenciando o transporte aquaviário do estado, após o término de seu contrato, marcado para fevereiro de 2023.
A decisão de a empresa permanecer administrando o serviço veio após reunião com o governo que aconteceu na última sexta-feira (2).
“Conseguimos garantir que toda a população que usa as barcas não ficará desassistida. Após uma reunião com a CCR Barcas, ficou decidido que a concessionária ficará à frente do serviço de transporte aquaviário por mais um ano depois do término do contrato”, afirmou o governador Cláudio Castro, em suas redes sociais.
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Segundo Castro, o acordo aconteceu com a decisão de reduzir em 40% o cálculo apresentado pela empresa, assegurando maior vantagem aos cofres públicos. “Este acordo marca a concretização de meses de negociação e a reafirmação de uma certeza: não havia risco de interrupção do serviço. A população é a maior beneficiada”, finalizou.
Os termos do acordo ainda serão enviados para aprovação do Ministério Público do Rio de Janeiro e homologação junto ao Poder Judiciário.
O Grupo CCR e o governo do estado do Rio estavam em uma queda de braço nos últimos meses, que colocava em risco o funcionamento das barcas. A empresa alegava prejuízo financeiro e reivindicava uma negociação com o governo para restabelecer o equilíbrio das contas, que acumulavam perdas estimadas em cerca de R$ 1 bilhão, segundo reportagem do jornal Extra.
Em audiência de conciliação entre representantes do governo e a CCR, realizada na última quinta-feira (1⁰), a empresa chegou a destacar a disposição de se retirar da operação e disse que esperava apenas que governo do estado indicasse para quem a concessionária deve passar o serviço a partir de 11 fevereiro, data em que termina o contrato de concessão.
Ao Brasil de Fato, em reportagem publicada em novembro, a Secretaria de Estado de Transportes havia negado o impasse e garantido que os serviços não seriam interrompidos.
Edição: Mariana Pitasse