Embargo à Rússia

Embargo ao petróleo russo: Moscou diz que não reconhecerá teto de preços

Rússia planeja retaliar medida da União Europeia, países do G7 e Austrália

Rio de Janeiro |

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Logo da petroleira russa Gazprom - Nikolay Doychinov / AFP

Na segunda-feira (5), entrou em vigor o embargo da União Europeia ao fornecimento de petróleo da Rússia por via marítima, junto com a medida que visa limitar o preço do petróleo russo no mercado mundial a um teto de US$ 60 por barril. Este mecanismo foi acordado entre a União Europeia, os países do G7 e a Austrália. 

O objetivo das medidas é minimizar a receita da Rússia com as exportações de petróleo e, portanto, o financiamento militar para a guerra contra a Ucrânia. 

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou na segunda-feira (5) que as novas sanções ocidentais não afetarão o financiamento das operações militares conduzidas pela Federação Russa. De acordo com ele, a Rússia não pretende reconhecer o teto imposto pelo Ocidente aos preços do petróleo da Federação Russa.

Ao comentar a possibilidade de Moscou retaliar a medida de embargo, Peskov afirmou que "uma decisão está sendo preparada". "Claro, uma coisa é óbvia. Não reconheceremos nenhum teto", acrescentou Peskov.

Ele também foi questionado se o mundo deveria se preparar para preços mais altos do petróleo.

"É óbvio e indiscutível que a adoção dessas decisões é um passo para desestabilizar os mercados mundiais de energia", disse o porta-voz do Kremlin.

O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, por sua vez, afirmou nesta terça-feira (6), que o país planeja adotar um mecanismo para proibir as empresas russas de vender petróleo usando um teto de preço até o final do ano. Segundo ele, os detalhes desse mecanismo já estão sendo discutidos com as empresas.

Edição: Thales Schmidt