Na segunda-feira (5), entrou em vigor o embargo da União Europeia ao fornecimento de petróleo da Rússia por via marítima, junto com a medida que visa limitar o preço do petróleo russo no mercado mundial a um teto de US$ 60 por barril. Este mecanismo foi acordado entre a União Europeia, os países do G7 e a Austrália.
O objetivo das medidas é minimizar a receita da Rússia com as exportações de petróleo e, portanto, o financiamento militar para a guerra contra a Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou na segunda-feira (5) que as novas sanções ocidentais não afetarão o financiamento das operações militares conduzidas pela Federação Russa. De acordo com ele, a Rússia não pretende reconhecer o teto imposto pelo Ocidente aos preços do petróleo da Federação Russa.
Ao comentar a possibilidade de Moscou retaliar a medida de embargo, Peskov afirmou que "uma decisão está sendo preparada". "Claro, uma coisa é óbvia. Não reconheceremos nenhum teto", acrescentou Peskov.
Ele também foi questionado se o mundo deveria se preparar para preços mais altos do petróleo.
"É óbvio e indiscutível que a adoção dessas decisões é um passo para desestabilizar os mercados mundiais de energia", disse o porta-voz do Kremlin.
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, por sua vez, afirmou nesta terça-feira (6), que o país planeja adotar um mecanismo para proibir as empresas russas de vender petróleo usando um teto de preço até o final do ano. Segundo ele, os detalhes desse mecanismo já estão sendo discutidos com as empresas.
Edição: Thales Schmidt