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Julgamento de anestesista que estuprou grávida durante o parto se inicia na próxima semana

O processo tem andamento na Justiça cinco meses depois da prisão em flagrante do médico no Rio de Janeiro

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Giovanni está preso em uma cela individual do pavilhão 8 de Bangu, destinado a detentos com curso superior - Reprodução

O julgamento do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, que foi gravado estuprando uma mulher durante o parto, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, vai começar na próxima segunda-feira (12). O processo tem andamento cinco meses depois da prisão em flagrante do médico.

Giovanni está preso em uma cela individual do pavilhão 8 de Bangu, destinado a detentos com curso superior e isolado por causa de ameaças, segundo informação do portal G1. O médico virou réu em julho. Além do estupro durante o parto filmado, a polícia investigou outros casos.

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As imagens do estupro foram registradas por um celular, estrategicamente escondido em um armário dentro da sala de parto. A defesa do médico alega que a captação de vídeo foi ilegal, porque foi produzida sem conhecimento dos envolvidos e sem autorização da Polícia ou do Ministério Público.

No entanto, Justiça não aceitou o argumento e afirmou que crimes dessa natureza quase sempre são cometidos às escondidas, tendo como única prova a palavra da vítima, que naquele caso, se encontrava sedada, sem qualquer possibilidade de reação ou de prestar depoimento sobre o ocorrido. 

De acordo com o inquérito, Giovanni fez sete aplicações de sedativos na vítima. Os peritos dizem que a quantidade de anestésicos extrapolou o que é habitualmente utilizado em uma cesariana.

Edição: Mariana Pitasse