O Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab) do Rio de Janeiro exibe a partir desta quarta-feira (30) cerca de 180 achados arqueológicos que foram descobertos no Cais do Valongo durante as obras do Porto Maravilha. A mostra é gratuita e ficará em cartaz pelo menos um ano. O museu funciona no prédio do Centro Cultural José Bonifácio, na Gamboa, na Região Portuária.
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É a primeira vez que são apresentadas na cidade peças que contam um pouco da herança africana no Rio. O acervo em exposição faz parte de um lote com mais de 260 mil itens encontrados ao longo dos anos nas escavações do Cais do Valongo.
O Valongo, maior porto receptor de escravos do mundo, integra a lista de Patrimônio Mundial da ONU. Estima-se que passaram cerca de um milhão de africanos escravizados pela região, oriundos principalmente de Angola, mas também de Moçambique.
Entre os artefatos de matrizes africanas em exposição no Muhcab estão contas de colares, búzios, brincos e pulseiras de cobre, cristais, peças de cerâmica, anéis de piaçava, figas, cachimbos de barro, material em cobre, âmbar, corais e miniaturas.
A exposição, que marca um ano da inauguração do Muhcab, é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura e conta com a curadoria dos pesquisadores da Uerj e do Museu Nacional, organização do Muhcab, patrocínio do Instituto Moreira Salles e do Instituto D’Orbigny e supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Serviço:
Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab)
Rua Pedro Ernesto 80, Gamboa
Quinta a sábado, das 10h às 17h
Edição: Clívia Mesquita