O governo de Jair Bolsonaro (PL), que termina em pouco mais de um mês, entrará para a história como o que teve maior aumento nas taxas de desmatamento da Amazônia. Segundo dados compilados pelo Observatório do Clima, o crescimento na devastação será de 59,5% na comparação com os quatro anos anteriores.
Estimativa divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) prevê 11.568 km² de destruição só no ano de 2022 - o equivalente a duas vezes a área do Distrito Federal. Na média, o governo Bolsonaro incentivou ou pemitiu a destruição de 11.396 km² por ano.
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Os levantamentos com imagens de satélite começaram a ser realizados em 1988. De lá para cá, o recorde no aumento da destruição da floresta amazônica foi registrado no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), entre 1995 e 1998, quando houve aumento de 42,5% na comparação com os quatro anos anteriores.
"O regime Bolsonaro foi uma máquina de destruir florestas. Pegou o país com uma taxa de 7.500 km2 de desmatamento na Amazônia e o está entregando com 11.500 km2 . A única boa notícia do governo atual é o seu fim", disse o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini.
O Observatório do Clima destacou ainda que os dados do Inpe já estão compilados desde o início do mês. Porém, o governo de Jair Bolsonaro decidiu esconder os dados para que eles não fossem apresentados e discutidos na Conferência do Clima do Egito, a COP27, repetindo o que foi feito em 2021, antes da COP26, realizada na Escócia.
Edição: Nicolau Soares