Na próxima terça-feira (6) acontece a primeira cerimônia de entrega do Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos para defensores de direitos humanos no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O evento tem início às 9h.
O Prêmio Marielle é concedido a defensores e defensoras de direitos humanos que tenham desenvolvido ações de promoção, valorização e defesa de direitos no estado do Rio, com destaque para os direitos da população negra, das mulheres e da população LGBTIA+.
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Ao todo, serão 36 instituições e/ou personalidades homenageadas na celebração. Entre as organizações premiadas estão Redes da Maré, Instituto Promundo, Ong Criola, Instituto Candaces, Casa Preta da Maré, NPC, Fundação Rosa Luxemburgo, Coletivo Papo Reto, Mídia Ninja, Rede Nami, Mapa das Mina, Fogo Cruzado, Observatório de favelas, Justiça Global e a Coalização negra por direitos.
Já entre as personalidades, nomes como as antropólogas e pesquisadoras da Universidade Federal Fluminense (UFF), Jaqueline Muniz e Ana Paula Miranda, o vice-reitor para assuntos comunitários da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), Augusto Sampaio, e a jornalista e militante do combate ao racismo, Flávia Oliveira.
A premiação foi criada em dezembro do ano passado, a partir de um projeto de lei aprovado pela Alerj de autoria original da deputada Zeidan (PT) e do ex-deputado estadual Marcelo Freixo (PSB), que trabalhou com Marielle em mandatos eletivos pelo Psol.
Assinaram como coautores do projeto os deputados André Ceciliano (PT), Eliomar Coelho (Psol), Waldeck Carneiro (PT), Enfermeira Rejane (PCdoB), Flavio Serafini (Psol), Luiz Paulo (Cidadania) e Carlos Minc (PSB).
Marielle
A vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados no dia 14 de março de 2018, no Estácio, bairro da região central do Rio. O carro em que a vereadora estava foi atingido por 13 tiros.
O avanço das investigações não permitiu, no entanto, que o crime fosse elucidado e os autores e mandantes, assim como o motivo, fossem descobertos pela polícia. A morte de Marielle teve repercussão mundial e até hoje lideranças políticas, movimentos populares e sociais e instituições de direitos humanos cobram pela resolução do caso.
Eleita vereadora com mais de 46 mil votos em 2016, socióloga e mestre em Administração Pública, Marielle Franco tinha 38 anos, era oriunda da favela da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, lésbica, mãe e ativista em prol das causas das mulheres e das populações negra, periférica e LBGTQIA+. Antes do cargo político, atuou na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Alerj.
Edição: Mariana Pitasse