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Cidade do Rio tem 77 pontos com alto risco de deslizamento, aponta relatório do TCM

Levantamento mostra ainda que 400 comunidades não têm estudo sobre risco geológico ou sirenes em funcionamento

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Favelas cariocas concentram mais pontos de risco de deslizamentos de terra - Foto: Reprodução/TV Globo

Com a aproximação do verão e da temporada de chuvas intensas, aumenta o alerta sobre tragédias com deslizamento de terra em encostas e favelas. Só na capital do Rio, um relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM) apontou que há 77 locais com alto risco geológico que aguardam uma solução. Alguns laudos têm mais de 10 anos e precisam de nova avaliação.

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O levantamento tem como base ações desenvolvidas pelo Instituto de Geotécnica do Município (Geo-Rio) desde o ano passado. E estima que entre 2018 e 2021, mais de R$ 83 milhões deixaram de ser gastos com programas de contenção. Segundo técnicos, a verba poderia reduzir os riscos com deslizamentos enfrentados por quase 100 mil pessoas.

O corpo técnico da Fundação Geo-Rio é formado por engenheiros e geólogos que realizam vistorias e definem as obras necessárias para garantir a segurança da população, segundo o site da Prefeitura do Rio.

O relatório do TCM, aprovado na última semana, aponta que o problema é grave principalmente nas favelas cariocas. Foram identificados quatro pontos de risco na Rocinha, seis no Vidigal e sete no Complexo do Alemão. Só a Tijuca, na zona Norte do Rio, contabiliza nove pontos de risco geológico.

Sirenes de alerta

Outro importante ponto que o documento levanta é sobre a ausência de sirenes e estudos de risco em cerca de 400 comunidades que fazem parte do Maciço da Pedra Branca, na zona Oeste do Rio. O sinal sonoro dispara em caso de perigo e orienta moradores a se abrigarem em local seguro.

De acordo com o TCM, as sirenes que estão em funcionamento hoje foram colocadas com base em um mapeamento de 2010, "o que pode indicar a necessidade de atualização". Diante do diagnóstico, ficou estabelecido que a Fundação Geo-Rio faça um novo mapeamento de risco geológico-geotécnico da cidade no prazo de um ano. E amplie o sistema de alerta sonoro nas comunidades.

*Com informações do jornal Extra

Edição: Clívia Mesquita