A Justiça do Rio de Janeiro decretou uma nova prisão preventiva contra o ex-vereador bolsonarista Gabriel Monteiro (PL). Desta vez, os crimes são violação sexual mediante fraude e assédio sexual contra os assessores que atuavam em seu gabinete, na Câmara Municipal da capital. A decisão é da juíza Simone de Faria Ferraz, da 21ª Vara Criminal, e o processo está em segredo de Justiça.
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Gabriel Monteiro está preso desde o dia 7 por uma acusação de estupro, ao forçar relação com uma mulher de 23 anos sem o uso de preservativo e utilizando violência física e arma de fogo. Segundo a denúncia, o ex-vereador conheceu a jovem na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.
O ex-vereador está na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste, desde o dia 9. O crime referente à prisão atual é o que ocorreu a partir da boate com a vendedora de 23 anos. Logo que o mandado de prisão foi expedido pelo juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal, Gabriel se entregou na 77ª Delegacia Policial (DP) de Icaraí, em Niterói.
Por esses e outros crimes, Gabriel perdeu o cargo de vereador no dia 18 de agosto, ao ter seu mandato parlamentar cassado pela Câmara Municipal, por 48 votos a favor da cassação e dois contra. No fim do mesmo mês, ele teve o registro de candidatura para deputado federal indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ).
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Gabriel decidiu, então, colocar o próprio pai, Roberto Monteiro, como seu substituto nas urnas. A decisão teve efeito: ele foi eleito deputado federal com 94 mil votos. Sua irmã, Giselle Monteiro, também se candidatou ao cargo de deputada estadual e foi eleita com 95 mil votos para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Réu na justiça, Gabriel perdeu o mandato na Câmara pelas seguintes acusações: 1) filmagem e armazenamento de vídeo de relação sexual do vereador com adolescente de 15 anos de idade; 2) exposição vexatória de criança em vídeo de rede social para promoção pessoal; 3) exposição, abuso e violência física de um homem em situação de rua para simular crime de roubo; 4) assédio moral e sexual contra assessores; 5) perseguição a outros parlamentares da Casa; 6) uso de servidores de seu gabinete para atuação em empresa privada e denúncias de estupro de quatro mulheres.
Edição: Eduardo Miranda