Um trecho da Praia de Ipanema, conhecido como ponto de encontro cultural na década de 1970 e frequentado por Gal Costa, se tornou Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da cidade do Rio de Janeiro. A decisão da prefeitura foi publicada no Diário Oficial do município desta sexta-feira (18) como uma homenagem à cantora baiana que morou por décadas na cidade.
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“Fica declarado Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial o trecho da Praia de Ipanema, localizado imediatamente em frente à Rua Teixeira de Melo, conhecido durante a década de 1970 como ‘Dunas da Gal’”, afirmou o texto do decreto do prefeito Eduardo Paes (PSD).
Segundo a publicação, o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade e o Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro realizarão os estudos necessários visando o registro e a inscrição do local no Livro de Registro dos Lugares.
Aos 77 anos, Gal Costa morreu no último dia 9 de novembro enquanto se recuperava de uma cirurgia que retirou um nódulo da fossa nasal e tinha shows da turnê "As várias pontas de uma estrela" já agendados para dezembro.
"Eu vou trabalhar até quando eu puder, quero cantar até quando Deus quiser", disse Gal, em abril deste ano. Foi o que fez, ativa até o fim. Sua última apresentação foi em São Paulo, no festival Coala, em setembro, e está disponível na íntegra no Youtube.
Símbolo de uma revolução na música e nos costumes provocada pela geração com a qual despontou, na década de 1960, Gal morre em um momento em que novas compilações de sua trajetória chegam ao público. A sua cinebiografia, o filme Meu nome é Gal, tem lançamento nos cinemas previsto para 2023. O longa é dirigido por Dandara Ferreira, que fez também uma série documental de mesmo nome, disponível na HBO.
Edição: Mariana Pitasse