Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,59% no mês de outubro, após três meses de queda no período pré-eleitoral. Com esse resultado, o índice de inflação oficial acumula alta de 6,47% em 12 meses e 4,7% ao longo de 2022.
Em julho, agosto e setembro, as variações no índice calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) haviam sido de -0,68%, -0,36% e -0,29%, respectivamente. A queda dos preços nos meses anteriores foi causada principalmente pela redução no preço dos combustíveis, alcançada por meio do corte do ICMS e outras medidas do governo federal.
O efeito, porém, parece estar chegando ao limite: o recuo dos combustíveis (-1,27%) foi menos intenso que no mês anterior (-8,50%). Gasolina (-1,56%), óleo diesel (-2,19%) e gás veicular (-1,21%) seguiram em queda, enquanto o etanol registrou alta de 1,34%.
Alimentos continuam subindo
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito tiveram alta em outubro. A maior contribuição para a alta da inflação do mês veio do grupo Alimentação e bebidas, que subiu 0,72% no mês. A alta mais intensa foi do grupo Vestuário, cujos preços subiram 1,22%.
Entre os preços dos alimentos, a batata-inglesa subiu 23,36% e o tomate, 17,63% no período. Houve aumentos, ainda, na cebola (9,31%) e nas frutas (3,56%).
Do ponto de vista regional, todas as áreas pesquisadas tiveram aumento nos preços em outubro. A maior variação ocorreu em Recife (0,95%), por conta das altas da energia elétrica (9,66%) e das passagens aéreas (47,37%). Já o menor índice foi registrado em Curitiba (0,20%), por conta dos recuos nos preços da energia elétrica (-9,88%) e da gasolina (-2,40%).
Também calculado pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,47% em outubro. No ano, o indicador acumula alta de 4,81% e, nos últimos 12 meses, de 6,46%.
Edição: Nicolau Soares