Para Elon Musk, os Estados Unidos deveriam eleger republicanos nas eleições legislativas de meio de mandato na terça-feira (8). O empresário que recentemente comprou a rede social Twitter por US$ 44 bilhões compartilhou a mensagem nesta segunda-feira (7) com sua recomendação de voto.
"O compartilhamento do poder limita os piores excessos, então recomendo votar em um Congresso republicano, já que a Presidência é democrata", tuitou o novo dono da plataforma de rede social para seus quase 115 milhões de seguidores.
O Partido Republicano tem em suas fileiras, e com grande chance de vitória nestas eleições, políticos que endossam a teoria da conspiração do ex-presidente Donald Trump de que Joe Biden teria fraudado as eleições. Após o republicano não reconhecer sua derrota nas urnas, uma legião de seus apoiadores invadiu o Capitólio dos EUA em uma tentativa de golpe de Estado em 6 de janeiro de 2021.
O tweet de Musk não é o primeiro sobre a política dos EUA nas últimas semanas.
Ainda em outubro, o marido da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi agredido em casa por um homem que compartilhava teorias da conspiração da extrema direita na internet. Paul Pelosi teve sua casa invadida por David DePape e foi hospitalizado após levar um golpe de martelo na cabeça.
Hillary Clinton saiu em defesa de sua companheira no Partido Democrata e compartilhou uma reportagem do jornal L.A. Times no Twitter que ligava a retórica do "Partido Republicano e seus fantoches" com o episódio de violência.
Musk, por sua vez, respondeu a publicação de Clinton com a seguinte frase: "Há uma pequena possibilidade de haver mais nesta história do que se vê". Na mesma publicação, o bilionário compartilhou o link do site Santa Monica Observer que alega que Paul Pelosi estaria bêbado e teria se envolvido em uma briga com uma prostituta.
O Santa Monica Observer já foi identificado como uma publicação que compartilha teorias da conspiração. O site publicou em 2016 que Hillary Clinton teria morrido e uma dublê teria sido enviada para debater com Trump em um programa televisivo.
O tweet de Musk com sua tese para o ataque contra Paul Pelosi foi posteriormente apagado.
Edição: Arturo Hartmann