Atrito

Bloqueio dos EUA contra Cuba "viola os direitos do povo cubano", diz China

Pequim destaca que medidas da Casa Branca contra a ilha caribenha impedem acesso a medicamentos e vacinas

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Plenário da Assembleia Geral da ONU - ONU

A China reiterou seu repúdio ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba e assegurou que seguirá apoiando a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que pede o fim dessa medida.

Desde 1992, ampla maioria da ONU aprova anualmente uma resolução condenando o bloqueio estaduninse contra a ilha caribenha. De acordo com relatório elaborado pelo governo de Cuba, as proibições impostas pela Casa Branca contra a ilha já resultaram em um prejuízo de US$ 154 bilhões para os cubanos.

"As sanções dos EUA contra Cuba são uma grave violação dos propósitos e princípios da carta da ONU e das resoluções pertinentes da Assembleia Geral. A comunidade internacional deve condená-las de forma uníssona", afirmou Zhao Lijian, porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China. "Após a pandemia de covid-19, os EUA impuseram sanções e centenas de medidas restritivas contra Cuba, o que viola os direitos do povo cubano à subsistência e ao desenvolvimento", disse Zhao.

Entre as medidas do embargo, está a proibição de que Cuba comercialize com o dólar em nível internacional e que adquira tecnologia ou equipamentos com mais de 10% de componentes fabricados nos EUA.

O embaixador da China na ONU também criticou a política que é mantida mais recentemente por republicanos e democratas quando passam pela presidência da maior economia do mundo. Dai Bing afirmou que o bloqueio foi intensificado durante a pandemia de covid-19. "Isso [bloqueio] impede o acesso a medicamentos, vacinas e suprimentos necessários para que o povo cubano se recupere da pandemia", destacou Dai.t

Edição: teleSUR