Em balanço feito pela Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Rio de Janeiro, ao Ministério Público Federal (MPF), o órgão informou que as estradas do estado foram todas desbloqueadas a partir de negociação com manifestantes e apenas duas pessoas foram detidas.
Desde a última quarta-feira (2), não há pontos de bloqueio nas rodovias, segundo a PRF. Os bloqueios aconteceram durante três dias, após o resultado das eleições serem divulgados no domingo (30).
Leia também: 3º turno: Bolsonaro estimula bloqueios em estradas e vigílias nos quartéis no Dia de Finados
No documento, assinado pelo superintendente da PRF no Rio Alexandre Carlos de Souza e Silva, a instituição informa que realizou 61 autos de infração até segunda (31) e que irá atualizar todas as anotações feitas até o desbloqueio das vias.
As duas pessoas que foram detidas por desobediência e resistência, estavam na Rodovia BR-116 (Presidente Dutra), altura do posto Flumidiesel, em Barra Mansa, no Sul Fluminense.
A PRF relatou ainda que houve "utilização de recursos especializados", como no caso da tarde da terça-feira (1º), em Barra Mansa. Na ocasião, a instituição usou a Força de Choque para dispersar os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e desobstruir a BR-116 nos dois sentidos.
Segundo o superintendente da PRF, no Rio, a instituição não abriu qualquer procedimento disciplinar contra policiais por não atuarem no desbloqueio da via.
Segundo informações do portal G1, desde segunda-feira (31), pelo menos 15 mil pessoas não conseguiram viajar de ônibus por causa dos bloqueios ilegais de bolsonaristas nas estradas fluminenses. A estimativa das viações que operam na Rodoviária Novo Rio foram 5 mil na segunda e 10 mil na última terça-feira (1º).
Edição: Mariana Pitasse