Da próxima sexta-feira (4) até o dia 13 de novembro, o Centro Cultural da Justiça Federal, no centro do Rio de Janeiro, vai abrigar a Mostra Visões Latinas, que traz uma retrospectiva da produção do cinema latino-americano da última década em conjunto com curtas produzidos na Região Metropolitana do Rio, criando um diálogo a respeito de temáticas comuns em nosso continente que se expressam na singularidade de suas diversas culturas.
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Além das exibições, serão realizadas rodas de conversa em torno das questões levantadas pelos filmes e uma exposição pública na Cinelândia, contando com cartazes e fotografias das obras.
As exibições têm como intuito abarcar diversos gêneros cinematográficos, contemplando assim uma gama maior de perspectivas sobre as vidas latino-americanas e diversificando o contato dos espectadores com as formas de expressão apresentadas através da câmera.
A mostra traz marcos cinematográficos do cinema latino como o chileno “Uma Mulher Fantástica”, dirigido por Sebastián Lelio, ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2017, o colombiano “O Abraço da Serpente”, dirigido por Ciro Guerra e também indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2016, o premiado “Últimos Dias em Havana”, dirigido por Fernando Perez, entre outras pérolas do audiovisual da América Latina que o recorte curatorial reuniu.
A Mostra Visões Latinas faz ainda uma homenagem a Mauricio Lissovsky, através da exibição do documentário “A pessoa é para o que nasce”, um dos roteiros assinados pelo professor, pesquisador e historiador da fotografia falecido em agosto.
Na abertura, na próxima quinta-feira (2), Roberto Berliner, diretor do filme que conta a história das três irmãs cegas que passaram boa parte de suas vidas ganhando o sustento cantando e tocando ganzá nas feiras de Campina Grande, interior da Paraíba, falará sobre o filme homenageado.
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A seleção dos curtas também é um presente para o espectador. Entre outros destaques a curadoria selecionou o curta-documentário que narra à história de João Alves de Torres Filho, o Joãosinho da Goméa, o babalorixá baiano que mudou a história do Candomblé, conselheiro de Getúlio e JK, e que encantou Elizabeth II. Outros destaques são para "Cascudos" e "Neguinho", dois filmes que vivenciam o real significado de desigualdade.
A mostra é gratuita, com senhas distribuídas 30 minutos antes de cada sessão e a sala de cinema do CCJF tem 56 lugares. Clique aqui para conferir a programação de dias e horários dos filmes. O CCJF fica na Cinelândia, no centro do Rio, na Avenida Rio Branco, 241.
Edição: Eduardo Miranda