Em live com o deputado André Janones (Avante-MG) realizada no Facebook na noite desta sexta-feira (21), o candidato da coligação Brasil da Esperança à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o plano do governo Bolsonaro de acabar com a correção do salário mínimo com base na inflação, o que significaria na prática o seu congelamento.
"Meu compromisso é que o salário mínimo seja aumentado, tanto pela inflação, como acima, com base no crescimento do PIB. Se o PIB cresce 10%, o salário mínimo aumenta a inflação e mais 10%, se aumentar 2%, o salário aumenta a inflação e mais 2%", disse ele. "Não tem sentido não reajustar o salário mínimo. São as pessoas mais vulneráveis, que sustentam outras. Faz 4 anos que não tem reajuste".
O petista lembrou que durante seus mandatos (2003 - 2010), o salário mínimo teve aumento real de 74%, acima da inflação. O plano do ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, foi divulgado pela Folha de S.Paulo. Guedes não negou a pretende levar a frente a ideia.
"É irresponsabilidade do ministro Guedes", disse Lula, que ressaltou o fato de que mesmo o atual benefício de R$ 600 não deverá ser mantido no ano que vem. Ele se comprometeu ainda a se reunir com representantes de aposentados, se eleito, para definir um plano contra o arrocho nas pensões.
Lula disse que é possível controlar a inflação dos alimentos, recuperar as políticas sociais e fazer um governo que inclua os mais vulneráveis da sociedade. E fez um apelo para que o eleitor compareça às urnas no dia 30. "Todo voto importa. Peço que você assuma um compromisso com o país, pelos seus filhos, netos, por você. Se você quer um país mais livre, vá votar"
O deputado evangélico Janones parabenizou Lula por evitar politizar a fé nessa campanha eleitoral. Lula respondeu que respeita "muito a religião e a liberdade religiosa desse país".
Antes da live, Lula visitou a cidade de Teófilo Otoni e fez um comício em Juiz de Fora.
Edição: Rodrigo Durão Coelho