A Prefeitura do Rio de Janeiro informou nesta quinta-feira (20) que houve aumento de mais de 130% na procura pela vacina da poliomielite. O crescimento da taxa de imunização ocorreu depois que a Prefeitura decidiu realizar busca ativa por crianças que ainda não foram vacinadas. Atualmente, a taxa de imunização do público alvo está em 50%, ou seja, metade das crianças estão desprotegidas contra poliomielite.
Até a última segunda-feira (17), a Prefeitura informou que 160 mil crianças não haviam sido vacinadas contra a doença na capital. No mesmo dia, oito mil profissionais de saúde iniciaram a busca ativa.
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A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação em todo o país teve início em 8 de agosto. No estado do Rio, a expectativa da Secretaria de Estado de Saúde (SES) é alcançar 95% de cobertura vacinal para pólio em crianças de um mês a menores de cinco anos de idade.
Também no início da semana, a Prefeitura do Rio informou que a cobertura vacinal contra a doença estava em apenas 51%. O esquema vacinal contra a pólio consiste em doses aos 2, 4 e 6 meses de idade e mais uma gotinha aos 15 meses e aos 4 anos. Como reforço, uma dose complementar está sendo aplicada em crianças de 1 a 4 anos.
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Além da campanha de imunização contra a poliomielite, a busca ativa pretende conscientizar os pais e responsáveis a atualizar a caderneta de vacinação das crianças entre dois meses e 14 anos de idade para garantir que todas as vacinas estejam em dia.
Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde (CMS) estão abertos para vacinação de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h.
A Poliomielite é também chamada de pólio ou paralisia infantil e é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus. O vírus invade o sistema nervoso e, em casos mais graves, pode causar paralisia. A poliomielite é considerada muito contagiosa, podendo ser transmitida de pessoa para pessoa de forma rápida pelo contato com fezes contaminadas ou secreções. Ela afeta, principalmente, crianças menores de cinco anos, mas também pode contaminar adultos. A vacinação é a única forma de prevenção.
Edição: Eduardo Miranda