O austríaco Volker Türk, nomeado para o cargo de 9° alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos no início de setembro por António Guterres, secretário-geral da ONU, substitui Michelle Bachelet, que ocupou a posição durante quatro anos, de setembro de 2018 ao final de agosto de 2022.
Em nota divulgada no dia 06/10, Guterres declarou que Türk dedicou sua “longa e distinta carreira ao avanço dos direitos humanos universais, notadamente a proteção internacional de algumas das pessoas mais vulneráveis do mundo – refugiados e apátridas”.
Carreira de serviço
Ainda como subsecretário-geral no Escritório Executivo da Nações Unidas, o novo alto comissário coordenava um trabalho de política global, fazendo parte de um seguimento do "Chamado à Ação pelos Direitos Humanos" e comandando um relatório chamado Nossa Agenda Comum, que estabelece uma visão para enfrentar os desafios interconectados do mundo em bases de confiança, solidariedade e direitos humanos.
De 2019 a 2021, Türk atuou como secretário-geral adjunto para Coordenação Estratégica no Gabinete Executivo da ONU. Antes disso, foi alto comissário adjunto para a Proteção dos Refugiados na Agência da ONU para Refugiados, em Genebra. De 2015 a 2019, ele desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do marco Pacto Global sobre Refugiado.
Türk possui doutorado em Direito Internacional pela Universidade de Viena e mestrado em Direito pela Universidade de Linz, na Áustria.
Além disso, o novo chefe de direitos humanos da ONU publicou artigos sobre o direito internacional dos refugiados e o direito internacional dos direitos humanos e é fluente em inglês, francês e alemão com conhecimento prático de espanhol.
Sucessão
Türk sucederá Michelle Bachelet do Chile, que atuou como alta comissária de 1º de setembro de 2018 a 31 de agosto de 2022. Em sua declaração, Guterres expressou gratidão pelo compromisso e serviço de Bachelet às Nações Unidas.
Durante seu mandato, que incluiu a pandemia do Covid-19, ela se concentrou em revigorar as proteções sociais.
A ex-presidente chilena lidou com questões como aprofundamento da pobreza ao aumento das desigualdades e falta de acesso a cuidados de saúde, vacinas e tratamento à discriminação e violência contra as mulheres, o seu gabinete teve de fornecer rapidamente soluções para estes e outros desafios cruciais.
(*) Com ONU News.