Terceira colocada no primeiro turno das eleições presidenciais, a candidata do MDB, Simone Tebet, confirmou nesta quarta-feira (5) o apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.
Em pronunciamento transmitido pelas redes sociais, Tebet leu o documento que chamou de "Manifesto ao Povo Brasileiro". Citando os quase 5 milhões de votos que recebeu no primeiro turno, afirmou que não está "autorizada a abandonar as ruas e praças enquanto a decisão soberana do eleitor não se concretizar".
A senadora disse que reafirma as críticas que fez ao petista antes da votação em primeiro turno, mas disse que ainda assim votará nele, pois reconhece "seu compromisso com a democracia e a Constituição, o que desconheço no atual presidente".
"Pelo meu amor ao Brasil, à democracia e à Constituição, pela coragem que nunca me abandonou, peço desculpas aos amigos e companheiros que imploraram pela neutralidade neste segundo turno, preocupados que estão com a eventual perda de algum capital político, para dizer que o que está em jogo é muito maior que cada um de nós. Votarei com minha razão de democrata e com minha consciência de brasileira", complementou.
Partido de Roberto Freire, Cidadania anuncia apoio a Lula; MDB deve liberar escolha de filiados
O anúncio de Tebet confirma um movimento que ela já havia sinalizado no domingo (2), quando se pronunciou após o encerramento da votação em primeiro turno. Na ocasião, cobrou posicionamento dos partidos de sua coligação (MDB, PSDB e Cidadania) e disse que não iria se omitir.
Encontro com Alckmin
Antes do anúncio, Tebet esteve com o candidato a vice-presidente na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e posou para foto ao lado dele. A emedebista almoçou com Lula, mas não houve divulgação de imagens do encontro.
"Meu apoio é por projetos que defendo e ideias que espero ver acolhidas. Dentre tantas que julgo importantes, destaco cinco, tendo sempre a responsabilidade fiscal como meio para alcançar o social", disse Tebet.
Marina acredita que Ciro e Tebet estarão ao lado da democracia contra Bolsonaro
As propostas apresentadas pela senadora ao petista são nas áreas de educação (ajudar municípios a zerar filas de creches; implantar ensino médio técnico); saúde (zerar filas de cirurgias, consultas e exames no SUS); redução do endividamento das famílias, em especial as que ganham até três salários mínimos; paridade de salários entre homens e mulheres; e pluralidade na definição da equipe ministerial, com homens, mulheres e pessoas negras.
"Até o dia 30 de outubro, estarei nas ruas, vigilante; meu grito será pela defesa da democracia e por justiça social; minhas preces, por uma campanha de paz", encerrou a emedebista.
Edição: Thalita Pires