Segundo as pesquisas realizadas pelo instituto Ipec no mês de setembro, o PT, PL e PSD são as legendas que devem eleger mais senadores nas vagas em disputa nos 26 estados e no Distrito Federal. Levantamento do Brasil de Fato realizado com as sondagens mais atuais publicadas desde o dia 9 de setembro mostram que as eleições devem modificar o posicionamento das maiores bancadas na Casa.
O PT hoje tem atualmente uma bancada de sete senadores e duas vagas em disputa, contando com quatro candidatos que lideram as disputas além da margem de erro. A situação mais confortável é no Ceará, onde o ex-governador Camilo Santana tem 66%, enquanto a segunda colocada, Kamila Cardoso, tem 13%. No Piauí, o ex-governador Wellington Dias aparece com 46%, enquanto Jair Rodrigues (PP) aparece com 26%, em pesquisa divulgada no dia 12.
Em Pernambuco, Teresa Leitão tem 32%, à frente dos adversários Gilson Machado (PL), André de Paula (PSD) e Guilherme Coelho (PSDB), todos com 10% cada um. De acordo com o último levantamento do Ipec no Rio Grande do Sul, divulgado na segunda-feira (26), Olívio Dutra (PT) oscilou dois pontos para cima e lidera com 30% de intenções, seguido por Ana Amélia Lemos (PSD), com 24%, e Hamilton Mourão (Republicanos), com 21%.
Outros dois petistas estão em empate técnico na liderança. Ricardo Coutinho (PT) está com 27% na Paraíba, enquanto Efraim Filho (União Brasil) chega a 25%. O embate é ainda mais acirrado no Pará, onde Beto Faro (PT) e Mário Couto (PL) aparecem com 20% cada.
Futuras bancadas no Senado
De acordo com esta projeção, o PT, que tem hoje 7 senadores, passaria a uma bancada entre 9 e 11 parlamentares. Atualmente, o MDB e o PSD têm as bancadas mais numerosas, com 13 e 11 cadeiras respectivamente, mas, segundo o Ipec, a situação deve mudar com a eleição de 2 outubro.
A renovação de um terço da Casa pode fazer com que os emedebistas, que têm quatro vagas em jogo, passem a ter 10 a 11 parlamentares. O único favorito absoluto da legenda é Renan Filho (MDB), que tem 59% em Alagoas, superando Davi Davino Filho (PP), que alcança 21%. No Espírito Santo, Rose de Freitas tem 31% de intenções de voto, ainda empatada com Magno Malta (PL), mas em ascensão segundo os últimos levantamentos, em que ultrapassou numericamente o bolsonarista.
As perspectivas para o PSD são de manter a bancada. Em três estados a legenda lidera: com Raimundo Colombo, em Santa Catarina; Omar Aziz, no Amazonas, e Otto Alencar, na Bahia. Como são três os senadores da legenda que finalizam o mandato agora, os pessedistas ficariam do mesmo tamanho.
O PL, de acordo com as pesquisas do Ipec, deve aumentar sua representação. O partido tem sete senadores, mas duas das suas vagas estão em disputa. Dois candidatos da legenda estão na liderança além da margem de erro e outros cinco estão em situação de empate técnico na liderança. Os favoritos da sigla são Romário, no Rio de Janeiro, e Wellington Fagundes, ambos candidatos à reeleição e com vantagem que supera a casa dos vinte pontos percentuais sobre os segundos colocados.
A legenda tem chances ainda no Distrito Federal, onde Flávia Arruda está empatada numericamente com Damares Alves (Republicanos), cenário similar aos de Pará, Sergipe, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
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Com oito senadores, o União Brasil tem somente um mandato vencendo no final do ano, o de Davi Alcolumbre, que lidera a corrida pelo Amapá, situação similar à de Alan Rick, no Acre. A legenda ainda pode eleger Professora Dorinha, que está à frente no Tocantins, no limite da margem de erro com Kátia Abreu (PP), numericamente em segundo lugar. Na Paraíba, Efraim Filho também disputa a dianteira.
Como ficariam as bancadas
Segundo as pesquisas do Ipec, as bancadas do Senado em 2023 ficariam:
PSD - 11
MDB - 10 a 11
PL - 7 a 12
PT - 9 a 11
União Brasil - 9 a 11
Podemos - 7
PP - 6 a 7
PSDB - 5
PDT - 2 a 3
PSB - 2 a 3
Republicanos - 2 a 3
Pros - 1
PSC - 1
Cidadania - 1
Rede - 1
Edição: Thalita Pires