Rio de Janeiro

ELEIÇÕES NO RJ

Investigações por corrupção no governo Castro pautam último debate no Rio de Janeiro

Candidatos ao governo estadual miraram nos casos de corrupção e outros temas tiveram pouco destaque

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Cláudio Castro (PL), Marcelo Freixo (PSB), Rodrigo Neves (PDT) e Paulo Ganime (Novo) participaram do último debate ao governo do Rio - Marcos Serra Lima/g1

As investigações de corrupção no governo Cláudio Castro (PL) pautaram o último debate entre os candidatos ao governo do Rio de Janeiro nas Eleições 2022, realizado pela TV Globo na última terça-feira (27). Marcelo Freixo (PSB), que aparece em segundo lugar nas pesquisas, levou ao debate as  polêmicas sobre a prisão de cinco secretários estaduais na gestão Wilson Witzel e Castro, fraudes na saúde e o escândalo na Fundação Ceperj.

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"É muito importante imaginar que, de um lado, está a continuidade de um projeto que tem cinco governadores presos. E que só nesse governo, do Witzel e do Cláudio Castro, tem cinco secretários presos. Secretário de saúde, de educação, de segurança, de emprego", disse Freixo.

Além dos dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto, participaram do debate o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), e o deputado Paulo Ganime (Novo). Citado em quase todos os embates, o atual governador procurou se afastar das acusações: "Gente, eu não sou réu. Não tem uma denúncia contra mim há mais de três anos".

Nesse momento, Ganime respondeu que a corrupção "tem sido a tônica do governo". O candidato do Novo também citou a prisão do ex-secretário de Estado de Polícia Civil Allan Turnowski por envolvimento no jogo do bicho. 

Ainda no primeiro bloco, Neves questionou Freixo sobre as doações de banqueiros na campanha que, por sua vez, defendeu o diálogo e união de diversos setores para resolver as crises no estado.

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Com enfoque na corrupção e troca de acusações entre os dois melhores colocados nas pesquisas, outras pautas tiveram pouco espaço. Sobre geração de emprego e infraestrutura, Castro disse que o estado é um "canteiro de obras" e Neves ironizou: "a gente ouve você falar e parece que a gente está vivendo em Marte", rebateu o pedetista.  

A principal pauta econômica apresentada por Freixo foi aumentar o salário mínimo regional para R$1.585, acima do piso nacional. O candidato disse ainda que com a eventual eleição do ex-presidente Lula, o governo federal vai ter mais respeito pelo Rio sobre o regime de recuperação fiscal.

Neves e Castro se enfrentaram para tratar sobre o tema do transporte público. O atual governador prometeu licitar até o final do ano o metrô até Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. "É absolutamente inaceitável o descaso da SuperVia e do governo Cláudio Castro com a situação dos trens do Rio de Janeiro. O estado é incapaz sequer de garantir a segurança das estações", comentou Neves.

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Sobre a segurança pública, Ganime prometeu que vai valorizar os agentes e realizar concurso público todo ano se for eleito. Na réplica, Freixo prometeu investir em modernização e inteligências nas operações policiais, além de ocupar as comunidades com projetos sociais.

O embate entre Freixo e Castro só ocorreu no último bloco. O tema definido por sorteio foi o avanço do tráfico e da milícia. "As milícias têm sido muito combatidas, com combate que nunca foi feito na história, e o tráfico também. Inclusive, eu sou sempre alvo de crítica por causa das operações", finalizou o candidato à reeleição. O tema gerou uma sequência de pedidos de direito de resposta dos outros candidatos.

Edição: Mariana Pitasse