O último evento aberto ao público da campanha presidencial de Lula (PT) aconteceu nesta segunda (26) no Anhembi, em São Paulo. A chamada Super Live, transmitida pelos canais e redes sociais do PT, contou com a presença de um time de peso, na plateia e no palco.
Apresentado pela atriz Thalma de Freitas e pelo influencer Murilo Ribeiro, o Muka, o evento foi atendido por nomes como Daniela Mercury, Greogório Duvivier, Maria Bopp (a Blogueirinha do Fim do Mundo), Laerte, Casagrande, Paulo Miklos, além da mulher de Lula, Janja, uma das organizadoras.
A presença da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) arrancou aplausos da plateia.
Eu seu discurso, ao final do evento, Lula destacou o compromisso em não permitir o garimpo em terras indígenas. Em outra promessa que arrancou aplausos, ele afirmou que vai levantar o sigilo de 100 anos decretado pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL) em diversos documentos, incluindo sua própria carteira de vacinação.
Lula também citou que, se eleito, o país voltará a organizar conferências populares para discutir os rumos das políticas públicas setoriais (leia mais sobre o discurso de Lula ao final da matéria).
Em um dos momentos mais emocionantes, Txai Suruí, ativista do povo Paiter Suruí, relembrou as perdas sofridas com a pandemia e cobrou compromisso com a preservação da floresta e com a vida dos povos indígenas.
O advogado e professor universitário Silvio Almeida participou nesta segunda do último evento aberto a público da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. A chamada Super Live tem transmissão ao vivo.
— Brasil de Fato (@brasildefato) September 27, 2022
Leia mais: https://t.co/U3LMECvfTQ pic.twitter.com/bEhYSBv3ug
De longe o melhor momento: Dilma recebendo os aplausos que tanto merece! #BrasilDaEsperança pic.twitter.com/xiUia1BM1k
— vanessa (@vnssalin) September 26, 2022
Pabllo Vittar falou sobre a importância da valorização da Cultura, cita o passado dela com o MST:
Muitas celebridades que não puderam estar presentes mandaram contribuições em vídeo. Entre elas, Gilberto Gil, Emicida, Chico César, Djamilla, Caetano Veloso, Fernanda Abreu e Arnaldo Antunes, entre outros, como Emicida
Dessa vez @emicida deixa o seu recado para o #BrasilDaEsperanca pic.twitter.com/AFhs084Gf8
— nóseconexões (@noseconexoes) September 26, 2022
A @danielamercury deu o recado: é pela democracia, é pelo povo brasileiro. Vamos juntos! #BrasilDaEsperança pic.twitter.com/MSXLe4JwmQ
— Humberto Costa (@senadorhumberto) September 26, 2022
A tônica do evento foi o otimismo para a votação do próximo dia 2, quando a eleição pode ser decidida ainda no primeiro turno. Para isso a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, fez um apelo ao comparecimento às urnas.
"Nossa missão é conscientizar da importância do voto. Urna não é protesto, é escolha, essa é nossa missão nos próximos dias", disse ela.
Janja, foi outra que arrancou aplausos.
A querida @JanjaLula disse tudo! É hora de depositar amor na urna. #BrasilDaEsperanca pic.twitter.com/hxtOiLzGs4
— Humberto Costa (@senadorhumberto) September 26, 2022
A Super Live foi retransmitida por grupos na Itália, Argentina, Reino Unido, Estados Unidos e Espanha. Dos EUA, o ator Mark Ruffalo tuitou que "hoje, humildemente me junto para alertar para as consequências das eleições no Brasil. Você pode assistir a minha mensagem e, mais importante, as palavras de muitos brasileiros que defendem a democracia e o planeta por essa live. Lula falará em breve."
Today, I humbly add my voice to lift up the global consequences of the Brazilian election. You can watch my message, and more importantly the words of many brave Brazilian defenders of democracy & the planet in today's livestream event. Lula speaking soon! https://t.co/ARkVTXMnpS
— Mark Ruffalo (@MarkRuffalo) September 26, 2022
E quem não queria dar um abraço desse no Lulinha, hein?! Mônica representou ❤️ #BrasilDaEsperança pic.twitter.com/QhFxpmTGz8
— Recortes Lula (@recorteslula) September 26, 2022
O cineasta Thiago Macêdo Correia de Marte Um, filme que representará o Brasil no Oscar, também esteve presente
E finalmente...
Ao final, Lula subiu ao palco para fechar as mais de cinco horas de evento. “O PT tem 42 anos, nós nunca conseguimos fazer um evento dessa magnitude”, começou ele.
Num discurso de cerca de 40 minutos, Lula pediu união para derrotar o ódio “o quanto antes” e que o “verde-amarelo pertence a todos os brasileiros”. Lembrou de como a união de tantas organizações, partidos e tendências “atrás de uma única candidatura, já no primeiro turno” é algo inédito na nossa democracia e motivo para dizer “basta de tanto odio, tanta mentira, destruição, vamos reconstruir o país agora no dia dois de outubro”.
Além de listar uma série de direitos perdidos no governo Bolsonaro e Temer, Lula disse pretender criar o “ministério dos povos originários”, levantando a plateia.
“Quero que fique bem claro: não haverá garimpo ou atividade ilegal em terras indígenas”, disse.
O líder das pesquisas, que pode assegurar a vitória no primeiro turno, reafirmou o compromisso com políticas sociais, ressaltando a necessidade de eleger um Congresso aliado.
“Se preparem porque vou precisar de vocês. Primeira coisa teremos que eleger muitos deputados, senadores. Vamos precisar de gente para mudar. É uma excrecência o orçamento secreto, onde decidem o destino das verbas.”
“A gente vai tirar do Palácio do Planalto esse genocida e colocar de volta a democracia.”
Veja a íntegra da Super Live abaixo. Lula fala a partir dos 4h23´
Edição: Rodrigo Durão Coelho