O garimpo ilegal não é de hoje, mas ele piorou muito nestes últimos três ou quatro anos
A socióloga e fundadora do canal Tese Onze, Sabrina Fernandes, é uma das organizadoras do documentário "Mineração de ouro e violência na Floresta Amazônica". O filme mostra como as falas do presidente da república Jair Bolsonaro (PL) incentivaram e autorizaram o avanço do garimpo ilegal na região amazônica, em especial no território Yanomami. Esta população vem sendo alvo, nos últimos anos, de diversos ataques.
Sabrina participa do quadro Entrevista Central, do programa Central do Brasil desta segunda-feira(19), e analisa como falas contra a legislação ambiental e a favor da mineração em terra indígena impulsionaram o ecocídio que ocorre na região.
"Nós sabemos que o garimpo ilegal não é de hoje, mas ele piorou muito nestes últimos três ou quatro anos de governo Bolsonaro, em que a gente tem dados de que o garimpo na bacia do rio Uraricoera, em territorio Yanomami, ele já tinha aumentado cerca de 500 hectares antes do governo Bolsonaro. Mas esse nível aumenta muito rápido a partir de Bolsonaro", explica a socióloga.
O documentário mostra que organizações criminosas passaram a ocupar o território e explorar ouro de forma clandestina, com ameaças a integrantes da comunidade que reagem à presença dos invasores.
Ela lista que o avanço do garimpo ilegal traz uma série de problemas, como o extermínio da população indígena por meio de atos violentos e a contaminação do meio ambiente.
O projeto é uma iniciativa das entidades que compõem a Internacional Progressista, ação que vem denunciando a escalada da violência e do ecocídio na região amazônica.
E tem mais!
Nesta edição, o Central do Brasil destaca a autorização da Anvisa para aplicação da vacina da Pfizer em bebês a partir de 06 meses, o novo ataque do presidente Jair Bolsonaro ao TSE durante viagem internacional e o último adeus à rainha Elizabeth II.
Na reportagem, a correspondente do Brasil de Fato nos Estados Unidos mostra como a geração millennials, grupo de pessoas que hoje estão com idade entre 24 e 39 anos, não tem conseguido pagar o preço dos aluguéis. O fenômeno tem levado parte da população americana a viver em situações precárias ou não ter onde morar.
Aqui no Brasil, a prefeitura de Belo Horizonte, em Minas Gerais, promulgou projeto de lei de proteção à Serra do Curral. Um dos cartões postais da capital mineira é alvo de interesse de mineradoras.
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Edição: Raquel Setz
