Neste domingo (18), o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou campanha na capital catarinense, Florianópolis. Em um dia de sol com alta temperatura, o petista reuniu milhares de pessoas na região central da cidade.
Estiveram no palco, ao lado de Lula, o vice na chapa, Geraldo Alckmin, a ex-presidenta Dilma Rousseff, o candidato do PT ao governo catarinense, Décio Lima, e sua vice, Bia Vargas (PSB), além de Dario Berger, candidato petista ao Senado e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), da coordenação da campanha, entre outros.
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O evento encerrou a agenda de Lula pela região Sul do país. Na sexta-feira (16) ele esteve em Porto Alegre (RS) e no sábado (17) em Curitiba (PR).
Logo no começo de sua fala, Lula pediu para sua equipe levar para ele uma bandeira do Brasil e outra do PT.
“O Brasil não é um partido, o Brasil é o nosso país. E essa bandeira aqui [levantando a brasileira] não é bandeira de um partido, essa bandeira aqui é a bandeira de 215 milhões de brasileiros que amam esse país”, afirmou Lula.
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Logo após, o presidenciável pegou a bandeira petista e fez um comentário direto contra Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
“Ele [Bolsonaro] utiliza a bandeira do Brasil por que ele não tem o orgulho que eu tenho de dizer ‘esse é o meu partido [ao levantar a bandeira petista]’. Essa bandeira [do Brasil] é do meu país, e essa bandeira [do PT] é do meu partido, que me dá muito orgulho de eu ter fundado."
Lula também citou também o auxílio emergencial. Lembrou que o governo, inicialmente, tinha proposto no valor de R$ 200 e, por vezes, relutou em estender o programa social. Segundo Lula, Bolsonaro só teve interesse em ampliar o Auxílio Brasil e levá-lo para R$ 600 às vésperas das eleições, por motivos eleitoreiros.
“Se as eleições demorassem mais, seria capaz dele oferecer esse prédio do TCU [Tribunal de Conta da União] para o Minha Casa Minha Vida”.
Funeral da Rainha
Lula citou a visita que Jair Bolsonaro fez neste final de semana na Inglaterra, para participar do funeral da Rainha Elizabeth II, que faleceu no último dia 8 de setembro.
“É louvável a decisão dele de ir. Ontem ele teve que fazer um discurso dizendo que a esquerda não vai voltar mais. Não seria melhor que esse genocida fosse visitar famílias que tiveram parentes mortos pela covid? Não teria sido melhor se ele tivesse falado menos bobagem e tivesse garantido a compra de vacinas com antecedência?”.
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Após citar outra ações de Bolsonaro durante a pandemia e outra denúncias que circundam o atual presidente, Lula afirmou que, se eleito, “a primeira coisa que vamos fazer é revogar os decretos de sigilo de 100 anos. nós queremos saber o que ele está escondendo”.
Fome e educação
Lula voltou a enfatizar seu plano de atacar a fome do Brasil logo no início do mandato. O petista defendeu que as pessoas “precisam voltar a comer três vezes ao dia”.
E concluiu que se ““cada mulher e cada criança estiver comendo três vezes por dia eu já terei feito a missão da minha vida”.
Após a fala, o presidenciável destacou a importância do governo investir mais em educação. Segundo ele, o Estado tem a missão de garantir oportunidades à população, para que as pessoas possam alcançar a realização de sonhos pessoais.
“O que nós precisamos é dar oportunidade. o estado abre portas, e quem vai fazer é a juventude brasileira.”
Agenda
Na segunda-feira (19), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participam de um encontro com candidatos à Presidência da República em outras eleições. O evento será no período da manhã, em São Paulo (SP)
Já na terça-feira (20), ainda na capital paulista, Lula participa de encontro com representantes do setor de Turismo.
Edição: Lucas Weber