A exposição “Ara’puka Peró - Uma cartografia decolonial do Rio de Janeiro nos 200 anos da Independência” traz um olhar contra-hegemônico da história do Brasil, capturando pela fotografia os símbolos do projeto colonial com suas formas de perpetuação no tempo.
A proposta é articular em três locais distintos uma análise crítica a partir de imagens que tratam sobre a história, a memória, o poder, o simbolismo, o presente e o futuro do Brasil.
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“Ara’puka” é uma palavra da língua tupi-guarani que significa armadilha. “Peró” era como os povos originários chamavam os colonizadores portugueses. Nesse sentido, Ara'puka Peró traz o significado de “armadilha de branco” ou “armadilha de português”.
Pelo fato do Rio de Janeiro ter sido a capital do país em todos os períodos da história do Estado (colonial, reino unido, império e república), a cidade carrega heranças e arapucas que estão espalhadas por vários lugares.
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“A exposição trata de tentar reuni-las nos espaços do circuito expositivo, sendo uma obra de reflexão a respeito dos territórios que se tornaram cariocas e suas respectivas armadilhas que naturalizam e glamourizam a barbárie, o genocídio, a riqueza e a dominação”, conta o fotógrafo autor das imagens, Caio Clímaco.
Confira o calendário das exposições das fotos
De 6 a 23 de setembro na Câmara dos Vereadores, na Cinelândia.
De 4 a 15 de outubro na Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, na Rua Uruguaiana, Centro. Debate “Que Independência é essa?” no dia 5 de outubro.
De 12 de outubro a 23 de janeiro no Museu Histórico Nacional, no Centro. A exposição participará do cronograma de atividades comemorativas dos 100 anos de abertura do museu.
Edição: Eduardo Miranda