Há cinco anos, em 13 de setembro de 2017, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era submetido a um interrogatório presencial comandado pelo então juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Foi a segunda vez que os dois se encontraram frente a frente. Desde então, Lula acumulou 26 vitórias judiciais e, hoje, é o candidato favorito a vencer as eleições presidenciais de outubro.
Moro, por sua vez, foi considerado suspeito em decisão histórica do STF e todas decisões e peças relacionadas à sua vara em Curitiba foram consideradas nulas. Hoje, filiado ao União Brasil, ele é candidato a senador pelo estado do Paraná. Antes disso, foi ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro (PL) e pré-candidato à Presidência da República.
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Ao responder às perguntas da acusação e do juiz Sergio Moro, Lula disse ser alvo de mentiras e apontou a falta de provas para incriminá-lo. Depois de depor, o ex-presidente participou da 2ª Jornada De Lutas Pela Democracia, organizada por movimentos populares como a CUT e MST e que reuniu mais de 7 mil pessoas na Praça Generoso Marques, no centro da capital paranaense.
Lula afirmou que o Ministério Público "está refém da imprensa" e questionou o juiz responsável pela Lava Jato em Curitiba sobre sua isenção. "Vou chegar em casa amanhã e vou almoçar com oito netos, e uma bisneta de seis meses. Eu posso olhar na cara dos meus filhos e dizer que eu vim a Curitiba prestar depoimento a um juiz imparcial?". Moro respondeu: "Não cabe ao senhor fazer esse tipo de questionamento, mas de todo modo, sim."
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Edição: Nicolau Soares