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São Paulo deixa de exigir o uso de máscaras em transporte público a partir desta sexta

Argumento são os dados de combate à covid; máscaras seguem recomendadas, especialmente para idosos

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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O uso de máscaras foi obrigatório no transporte público em SP por mais de dois anos - Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

O uso de máscaras não será mais obrigatório no transporte público do estado de São Paulo a partir desta sexta-feira (9). A medida foi tomada em conjunto pelo governo estadual e a prefeitura da capital, que, no entanto, seguem recomendando o uso de máscaras para evitar a transmissão da covid-19.

A recomendação vale principalmente para pessoas acima dos 60 anos de idade e imunossuprimidas.

A obrigatoriedade, em vigor desde abril de 2020, é relaxada após a Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde destacar dados do combate à pandemia. Entre eles, a queda nas internações, a cobertura vacinal e taxa de mortes abaixo das vistas em países em desenvolvimento.

Esse cenário "dá a segurança necessária para a flexibilização do uso de máscaras neste momento", afirmou David Uip, secretário da pasta.

O uso de máscaras em locais de prestação de serviços de saúde segue obrigatório.

Pandemia no estado

O estado de São Paulo apresentou, nesta quinta-feira (08), uma média móvel de 137 internações por dia por covid-19. O número de internações é um parâmetro confiável para avaliar a progressão da pandemia, já que são dados que não sofrem com atrasos na notificação e trazem uma perspectiva do número de casos graves da doença.

Na Grande São Paulo, esse número é de 84. Em janeiro, no pico da terceira onda de covid-19, causada pela variante ômicron, o número de internações diárias chegou a 1.521 no estado. Já em junho, quando o país passou pela quarta onda, o pico de internações foi de 626. 

O número de internações vem caindo lentamente nas últimas semanas. No dia 1º de setembro, a média de internações no estado era de 164; no dia 25 de agosto, o número era de 177.

 

Edição: Thalita Pires