CELEBRAÇÃO

Festival de comunidades apanhadoras de sempre-vivas acontece em MG em setembro

O encontro tem o objetivo de contribuir com a valorização do modo de vida e com a identidade dos apanhadores

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
Festival comemora o reconhecimento da prática desenvolvida pelas comunidades como patrimônio agrícola mundial pela ONU - Crédito - João Ripper, Marli Wunder e Alik Wunder

Acontece nos dias 14 e 15 de setembro a segunda edição do Festival das Comunidades Apanhadoras de Flores Sempre-vivas. O evento será em Diamantina, na região do Vale do Jequitinhonha, e reunirá mais de 300 apanhadores da Serra do Espinhaço Meridional de Minas Gerais.

O encontro tem o objetivo de contribuir com a valorização do modo de vida e com a identidade dos apanhadores. Além disso, o festival comemora o reconhecimento da prática desenvolvida pelas comunidades como patrimônio agrícola mundial pela da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), da Organização das Nações Unidas (ONU).

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A programação acontece no Mercado Velho, no Centro do município, e conta com a apresentação pública de documentos que sistematizam a experiência dos apanhadores de flores sempre-vivas. Lançamento de livros, cortejos, feiras, exposições de fotografias, oficinas e mesas de debate também fazem parte do evento. A programação completa está listada abaixo.

Apanhadores de flores sempre-vivas

A coleta de flores sempre-vivas é realizada por comunidades tradicionais, em grande parte quilombolas, que vivem próximas à parte meridional da Serra do Espinhaço, no Vale do Jequitinhonha. Os grupos têm sua dinâmica baseada no uso de agroambientes da região e a prática é considerada sustentável, agrícola e tradicional.

Os apanhadores de flores sempre-vivas, como se autodenominam, cultivam roças, coletam as flores e criam animais em grande parte da extensão da serra. Em 2020, o sistema agrícola tradicional, desenvolvido pelas comunidades, foi considerado pela FAO como um dos Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial (Sipam). Minas Gerais é o primeiro estado do país a obter esse selo.

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O reconhecimento é atribuído às comunidades tradicionais que contribuem com a preservação do patrimônio agrícola, com a utilização de recursos naturais de forma sustentável e na realização de práticas seculares de manejo da terra.

A segunda edição do festival é realizada pela Comissão em Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas (Codecex), entidade que representa regionalmente as comunidades, em parceria com as prefeituras municipais de Diamantina, Presidente Kubitschek e Buenópolis, e com os gestores do Plano de Conservação Dinâmica do primeiro Sipam brasileiro.

Confira a programação completa:

14/09

12h - Acolhida

13h30 às 19h - Feira de produtos da serra

14h - Mesa de boas vindas

14h10 - Mesa de diálogos: primeiro Sistema Importante do Patrimônio Agrícola Mundial (Sipam) brasileiro e o papel do Estado em seu fortalecimento

16h30 - Café com prosa

17h - Lançamento do livro “Vida e luta das comunidades apanhadoras de flores sempre-vivas em Minas Gerais”

17h30 - Lançamento do vídeodocumentário sobre protocolos de consulta prévia livre e informada

18h30 - Cortejo convidativo para exposição de fotografias

19h - Abertura da exposição de fotografias

19h30 - Jantar

21h - Apresentações culturais

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15/09

08h às 19h - Feira de produtos da serra

08h - Oficinas

12h - Almoço

14h - Mesa de diálogos - O caminho das flores: perspectivas e desafios ao Plano de Conservação Dinâmica (PCD) do Sistema Importante do Patrimônio Agrícola Mundial (Sipam) dos apanhadores de flores sempre-vivas

16h30 - Exibição do vídeo “Templo de Flor”

16h50 - Café com prosa

18h30 - Jantar

20h - Apresentações culturais

*Programação sujeita a alterações

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Larissa Costa