O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança das principais pesquisas eleitorais sobre a disputa pelo Palácio do Planalto, à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que são segundo e terceiro colocados, respectivamente, na maior parte dos levantamentos.
Na terceira semana desde o início da campanha eleitoral, Lula manteve a ponta, com 43% a 45% das intenções de voto. Considerando apenas os votos válidos, o petista tem 50%, de acordo com a média do agregador de pesquisas do jornal O Estado de S. Paulo. Com o índice, segue próximo de vitória no primeiro turno.
A média de Bolsonaro, de acordo com o mesmo cálculo, é de 37% dos votos válidos. Nesta semana, os estudos apontaram que o chefe do Executivo parou de crescer. A única novidade da semana é o crescimento da senadora Simone Tebet (MDB). O movimento é ainda tímido, mas, segundo alguns dos levantamentos, ocorre acima da margem de erro.
FSB/BTG, Ipespe, PoderData e Datafolha: relembre os resultados
A primeira pesquisa da semana foi da FSB Comunicação, contratada pelo banco BTG Pactual e divulgada nesta segunda-feira (29). Lula apareceu com 43% das intenções de voto no primeiro turno das eleições presidenciais deste ano contra 36% de Bolsonaro.
A distância entre ambos diminuiu em relação ao último levantamento do instituto, publicado em 22 de agosto, quando o petista apareceu com 45% e Bolsonaro, com os mesmos 36%. Ciro Gomes teve 9% das intenções de voto, um crescimento de três pontos percentuais. Simone Tebet teve 4%, um ponto a mais. Pablo Marçal (Pros) e Vera (PSTU) tiveram 1% cada.
José Maria Eymael (DC), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe D’Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (UP) e Roberto Jefferson (PTB) não pontuaram. Não sabem ou não responderam somam 3% dos entrevistados, enquanto brancos e nulos não apareceram na pesquisa.
Na quarta-feira (31), uma nova pesquisa da Ipespe, encomendada pela corretora XP Investimentos, também mostrou Lula na liderança. Com 43% das intenções de voto, ele superou Bolsonaro, que apareceu com 35%. Ciro ficou na terceira colocação, com 8%. Tebet registrou 5% e Luiz Felipe D'Avila (Novo), 1%.
Na mesma data, o PoderData, que publica estudos a cada 15 dias, mostrou que o cenário para a sucessão presidencial seguiu estável depois do início da campanha e da propaganda eleitoral. De acordo com o levantamento, Lula manteve o percentual de duas semanas atrás e lidera a disputa no 1º turno com 44%.
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Bolsonaro variou um ponto percentual para baixo e marcou 36%. A vantagem do petista sobre Bolsonaro ficou em oito pontos percentuais, a mesma registrada um mês antes. Mais atrás, veio Ciro, que marcou 8%, oscilando dois pontos percentuais para cima. Ele empatou tecnicamente com Tebet, com 4%, no limite da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais.
O candidato Eymael (DC) marcou 1%. Felipe d’Avila (Novo), Leonardo Péricles (UP), Pablo Marçal (Pros), Roberto Jefferson (PTB), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Vera (PSTU) não tiveram menções suficientes para pontuar.
Na noite de quinta-feira (1º), o Datafolha mostrou Lula com 45% das intenções de votos. Bolsonaro teve 32%. Com isso, Lula somou 48% dos votos válidos, o que aponta a possível realização de um segundo turno.
Ciro seguiu na terceira posição, com 9%, seguido por Tebet, com 5%. Soraia Thronicke, Pablo Marçal e Felipe D'Avila aparecem com 1%. Votos brancos e nulos somam 4% e indecisos são 2%. Na pesquisa espontânea, Lula tem 40% e Bolsonaro aparece com 29%. Ciro chega a 4% e Simone Tebet anota 2%.
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Na última pesquisa presidencial realizada pelo Datafolha, divulgada em 18 de agosto, o ex-presidente Lula tinha 47% das intenções de votos, o que correspondia a 51% dos votos válidos, indicando possibilidade de vitória no primeiro turno.
Leia o que dizem os analistas no Twitter:
Essa pesquisa do DATAFOLHA é basicamente o resultado do Debate. A estabilidade do cenário, especialmente no topo já era esperada, o crescimento de Tebet também. E isso, inclusive, indica o caminho viável de crescimento para terceira via, atacar Bolsonaro.
— Orlando Calheiros (Escutem o Cálice!) (@AnarcoFino) September 2, 2022
Fala-se do teto do crescimento de B entre evangélicos. Eu concordo. Esse teto não seria o mesmo de 18 por 2 razões: eleitorado feminino e piora nas condições de vida.
— Carô Evangelista (@caroevangelista) August 31, 2022
O contexto de 18 não é o mesmo de 22. E nesse grupo o voto não é puramente religioso, desconectado da realidade. https://t.co/pajzE7Mzu7
DataFolha confirma estabilização do cenário entre evangélicos. Ou seja, ofensiva de Bolsonaro sobre o grupo parece ter encontrado um limite e presidente estreita sua margem para conseguir novos eleitores. pic.twitter.com/EevMwFjK8M
— Pedro Abramovay (@pedroabramovay) September 2, 2022
Genial/Quaest no famoso 'teto'. Não há como fabricar mais evangélicos, o pacote de bondade não convence, as mulheres não cooperam com esse governo e a propaganda eleitoral não intimida com a volta do PT, que naturalmente é vista mais como solução do que como problema.
— Rafaela Rodrigues (@rafaelarodrand) August 31, 2022
Datafolha :: Impacto do Auxílio Brasil de R$ 600 nas intenções de voto no primeiro turno: oscilações dentro da margem de erro na faixa de renda até 2 salários mínimos (Lula, -1; Bolsonaro, +2) pic.twitter.com/X4kAe3uqiX
— Jeff Nascimento (@jnascim) September 2, 2022
Aconteceu o esperado: Ciro e Simone crescem com a campanha na TV (sabatinas/propaganda/debate). Reflexo do aumento da exposição das duas candidaturas. Mas vem aí o ataque especulativo pelo voto útil na reta final do 1T. A terceira via não terá paz no país da polarização.
— Fábio Zambeli (@fzambeli) September 2, 2022
Eu sei que o pessoal está animado com Ciro e Tebet, mas cuidado com os números pequenos, a margem de erro é uma % razoável deles. Se confirmar, deve ter segundo turno. Mas Bolsonaro não subir nada no mês do auxílio é muito, muito ruim pra ele.
— Celso Rocha de Barros (@NPTO) September 2, 2022
Edição: Rodrigo Durão Coelho