Operação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU) apreendeu, nesta quinta-feira (1°), um fuzil na casa do ex-prefeito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e candidato a vice-governador do Rio pela chapa de Claudio Castro (PL), Washington Reis (MDB).
Um segurança do ex-prefeito apresentou um registro para a arma. Além de Reis, os agentes também estiveram na casa do ex-secretário de saúde de Duque de Caxias, José Carlos de Oliveira, onde encontraram R$ 700 mil em dinheiro vivo. A quantia foi apreendida.
A Operação Anáfora investiga um suposto favorecimento na contratação de uma cooperativa de trabalho pela Secretaria de Saúde de Caxias. O contrato e aditivos do órgão municipal ultrapassaram R$ 563,5 milhões em pouco mais de dois anos.
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Outro alvo da ação foi o empresário Mário Peixoto que já foi denunciado pelo Ministério Púbico Federal (MPF) após uma operação em maio de 2020 que investigava um esquema de favorecimento ilícito com os hospitais de campanha montados durante a pandemia no estado do Rio.
Ao todo, 27 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, nos municípios de Duque de Caxias (3), Maricá (1), Angra dos Reis (2), Mesquita (1), Niterói (1), Nova Iguaçu (1) e na capital fluminense (18).
Nas redes sociais, Washington Reis disse que recebeu todos os agentes em sua casa e na Fazenda Paraíso, local destinado ao tratamento de dependentes químicos, inaugurado pela prefeitura de Caxias no distrito de Xerém em dezembro de 2021, e que está tranquilo pois não cometeu nenhuma irregularidade.
“A gente sofre, faltando um mês para a eleição, essas pancadas da política para muita gente que não consegue o esclarecimento dos fatos ficar com essa dúvida. Estou muito tranquilo, pois sou firme no que faço”, disse o candidato num vídeo nas redes sociais.
Condenação
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A decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) faz com que o político seja enquadrado na Lei da Ficha Limpa. E, com isso, a Justiça Eleitoral pode negar o registro de candidatura de Reis. Ainda cabe um recurso ao político, os chamados "embargos infringentes".
Edição: Jaqueline Deister