O alvará de soltura de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, foi expedido nesta segunda-feira (29) pelo juiz Daniel Werneck Cotta, da 2°Vara Criminal da Capital. A expectativa é que a professora deixe ainda hoje o Complexo Penitenciário de Gericinó.
O juiz atendeu a determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que revogou a prisão preventiva de Monique, acusada no processo sobre a morte do filho, juntamente com o então namorado, o ex-vereador Jairo Souza dos Santos Júnior, conhecido como Jairinho, em março de 2021.
Leia mais: Caso Henry Borel: Monique volta para a prisão por determinação da Justiça do RJ
O magistrado proibiu a professora de mudar de endereço sem a devida comunicação, devendo ainda justificar suas atividades ao Tribunal no prazo de 30 dias contados da data em que foi solta. Além disso, Monique deverá comparecer em juízo todas as vezes que for intimada e não se ausentar de casa por longo período sem prévia autorização.
Com a decisão do STJ, assinada pelo ministro João Otávio de Noronha, ela passa a ter direito de responder o processo em liberdade.
Caso Henry
Henry Borel foi morto no dia 8 de março de 2021 no apartamento em que morava com Jairinho e a mãe na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio. Segundo as investigações da Polícia Civil, o ex-vereador e padrasto de Henry agredia o menino com socos e chutes e a mãe sabia. Ambos respondem por tortura e homicídio triplamente qualificado, com agravamento de pena por se tratar de um menor de 14 anos.
Leia mais: Caso Henry: pai se emociona ao relatar últimos momentos com o filho
A perícia médica apontou que as 23 lesões encontradas na criança, como laceração do fígado, danos nos rins e hemorragia na cabeça “são condizentes com aquelas produzidas mediante ação violenta”. Monique e Jairinho foram presos um mês após o crime.
Edição: Jaqueline Deister