No primeiro debate entre presidenciáveis, na noite deste domingo (28), o ex-presidente Lula (PT) lembrou das declarações do ex-ministro do Meio Ambiente bolsonarista, Ricardo Salles (PL), sobre uma "boiada" na política ambiental em uma pergunta ao empresário Felipe Dávila (Novo).
"Nenhum empresario sério vai fazer queimada ou destruir bioma. não vai. Entretanto, temos gente do governo que até incentiva. Tivemos um ministro que dizia "deixa a boiada passar". Tive o prazer de ser presidente e participar da COP 15 em Copenhagen. Lá, assumimos o compromisso, referendado em Paris, em reduzir o desmatamento em 80%, e os gases de efeito estufa em 39%. Passamos a ser referência, e, hoje, as pessoas têm o Brasil como um país que não leva a sério a questão ambiental", disse Lula.
Em abril de 2020, durante uma reunião do Executivo Federal, o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, alertou os demais ministros sobre o que considerava ser uma oportunidade oferecida pela pandemia. "Então, pra isso precisa ter um esforço nosso aqui, enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas", disse Salles.
Hoje é dia de debate entre os candidatos e candidatas à Presidência!
— Brasil de Fato (@brasildefato) August 28, 2022
Participam: Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe D'Avila (Novo) e Soraya Thronike (União Brasil).
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O candidato do Novo disse que "a retomada econômica depende da política ambiental". Segundo ele, o governo federal "deve ajudar o agro brasileiro, que é o que mais sofre que com o desmatamento". "O agronegócio brasileiro é o mais sustentável no mundo. Nenhum pais do mundo mantém 30% de reserva legal no Pantanal, ou 80% nas reservas de cacau no norte, disse.
Edição: Thalita Pires