Rio de Janeiro

POBREZA

Para enfrentar a miséria, estado do Rio deve investir em programas de transferência de renda

Relatório da Comissão de Enfrentamento à Miséria da Alerj defende ainda a reabertura de restaurantes populares

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Estudo da FGV aponta que 22% da população do estado do Rio de Janeiro vive abaixo da linha da pobreza - Arquivo/Wilson Dias/Agência Brasil

O relatório final da Comissão Especial de Enfrentamento à Miséria e à Extrema Pobreza da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi aprovado na última segunda-feira (15), por unanimidade. O documento recomenda a reabertura de restaurantes populares no estado, e a criação de programas de transferência de renda e de distribuição de gás de cozinha para famílias de baixa renda.

A comissão avaliou que a política de transferência de renda deve ir além do já estabelecido programa Supera RJ, aprovado na Alerj e implementado pelo governo do estado do Rio, que além do repasse aos beneficiados de até R$ 300, inclui auxílio gás.

“A comissão foi criada diante de situação crítica: são 33 milhões de pessoas passando fome no país, três milhões em nosso estado. Fizemos visitas técnicas a 30 municípios, podendo comprovar nas 215 páginas de nosso robusto relatório a miséria e a pobreza", resumiu a presidente da comissão, deputada Renata Souza (Psol).

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De acordo com o relatório, o governo também deve investir em uma política de apoio à produção de alimentos nos assentamentos de reforma agrária estabelecidos no estado. O documento servirá de base para futuras proposições do legislativo fluminense.

Entre os integrantes da comissão estão a deputada Renata Souza (Psol), o deputado Flavio Serafini (Psol) e o deputado Waldeck Carneiro (PSB).

No limite

Um levantamento recente divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrou que 22% da população do estado do Rio de Janeiro vive abaixo da linha da pobreza. Segundo a fundação, o número de pessoas que tinha renda domiciliar per capita de R$ 497 mensais em 2021 aumentou 4 pontos percentuais desde 2019.
 

Edição: Jaqueline Deister