No último domingo (14), foi ao ar no Fantástico, da TV Globo, uma entrevista com a vítima do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra estuprada durante o parto. Ao programa ela contou detalhes do dia do crime, que foi gravado e levou à prisão em flagrante do médico, no mês passado.
Segundo a vítima, quando acordou, percebeu algo na boca. “Eu percebi que tinha algo na minha boca. Um líquido meio gosmento. Isso aí não é vômito, porque não tem gosto de vômito. E eu tentava cuspir, mas eu não conseguia”, declarou.
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De acordo com a reportagem, as investigações do crime apontam que somente durante a gravação desse parto Giovanni aplicou sete ampolas de anestésicos na parturiente. Um dos inquéritos ainda em aberto contra ele investiga justamente o volume de medicamentos injetados nas pacientes, segundo o portal G1.
"Em vez de eu sair pela porta da frente, com meu filho no colo, eu saí pelos fundos do hospital, escondida, com vergonha", disse ainda a mulher.
O anestesista está impedido de exercer a medicina enquanto corre, em sigilo, a sindicância aberta pelo Conselho Regional de Medicina. Ele está preso preventivamente no Complexo de Bangu, em uma cela individual, por ter curso superior, e isolado dos outros detentos, por questão de segurança.
Dois advogados desistiram do caso. A pedido de Giovanni, a defesa dele vai ser feita pela Defensoria Pública, que não quis se pronunciar.
Edição: Mariana Pitasse