O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou queda de 0,68% em julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi a maior já registrada desde o início da série histórica, em 1980.
Dos nove grupos de de produtos e serviços pesquisados, só transportes e habitação (-1,05%) tiveram redução de preços. Outros sete tiveram aumento. Alimentos e bebidas subiram, em média, 1,30% em julho.
A maior redução se deu nos preços dos transportes, que caíram 4,51% em julho. Sozinho, esse grupo foi responsável por pressionar o IPCA em 1 ponto percentual para baixo.
A redução foi puxada pela queda dos preços dos combustíveis no mês. Foram 14,15% de redução média, segundo o IBGE.
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O preço da gasolina caiu 15,48% e o do etanol, 11,38%. As quedas ocorreram após corte de impostos federais e a redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado por estados.
Também foi registrada queda de 5,67% no preço do gás veicular. O óleo diesel, porém, subiu 4,59% no mês.
Aumentos relevantes
O IBGE verificou aumentos relevantes de alimentos e bebidas em julho. Os produtos do grupo registraram a maior variação positiva, aumentando em média 1,30%, índice maior do que o registrado em junho (0,80%).
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O leite leite longa vida subiu 25,46% em julho e já havia subido 10,72% no mês anterior. O preço do leite pressionou o custo de derivados: o queijo subiu 5,28% em julho; a manteiga, 5,75%; e o leite condensado, 6,66%.
Outro destaque foram as frutas, com alta de 4,40%.
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No lado das quedas, os maiores recuos de preços vieram do tomate (-23,68%), da batata-inglesa (-16,62%) e da cenoura (-15,34%).
Mais de 10% em 12 meses
Apesar da queda da inflação em julho, o IPCA acumulado nos últimos 12 meses é de 10,07%. Até o mês passado, o índice acumulado era de 11,98%.
Em sete meses de 2022, a inflação acumula 4,77%.
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O IPCA se refere ao consumo de famílias com rendimento mensal de um a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país (Curitiba, Vitória, Belém, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e São Paulo), além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Edição: Nicolau Soares