O manifesto articulado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) "em defesa da democracia e a justiça" terá a assinatura de setores econômicos profundamente ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), como o agronegócio e a indústria médica, de acordo com apuração da CNN Brasil.
O texto, obtido pela reportagem, exalta os "princípios republicanos" da Constituição e destaca o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atacados por Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores. A peça será veiculada como anúncio de página inteira, que será publicado nos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, O Globo e Valor Econômico, nesta sexta-feira (5).
O manifesto, que será assinado por mais de 100 entidades, diz que os dois tribunais conduzem "com plena segurança, eficiência e integridade nossas eleições respeitadas internacionalmente". O trecho é uma reação às falsas acusações de Bolsonaro contra a lisura das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro.
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"Queremos um país próspero, justo e solidário, guiado pelos princípios republicanos expressos na Constituição, à qual todos nos curvamos, confiantes na vontade superior da democracia. Ela se fortalece com união, reformando o que exige reparos, não destruindo; somando as esperanças por um Brasil altivo e pacífico, não subtraindo-as com slogans e divisionismos que ameaçam a paz e o desenvolvimento almejados", diz o documento.
Novamente fazendo referência à retórica golpista de Bolsonaro, o manifesto afirma que a "estabilidade democrática" e o "respeito ao Estado de Direito" são “condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios.
Segundo a CNN Brasil, entidades como a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), PróGenéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos) e Todos Pela Educação se juntaram àquelas que já haviam declarado adesão, como a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
A carta afirma que a "estabilidade democrática" e o "respeito ao Estado de Direito" são "condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios". Segundo o texto, "esse é o desafio maior do Sete de Setembro neste ano".
Edição: Thalita Pires