Horas depois da prisão do filho, Gustavo de Andrade, na cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio, o contraventor Rogério de Andrade também foi preso.
O pedido partiu do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ), com base em um relatório de análise elaborado pela Polícia Federal. A solicitação foi acatado pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital, do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
Gustavo, que estava foragido da Operação Calígula, foi preso pela manhã em uma ação do Gaeco com a Polícia Federal numa casa localizada no bairro de Araras, onde também estava o pai. Na ocasião, Rogério não foi preso devido a uma decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, na segunda-feira (1°), revogou o mandado de prisão preventiva contra o contraventor.
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Porém, no pedido de prisão contra o pai de Gustavo, os promotores alegaram que o material aprendido na casa comprova que o bicheiro continua operando como líder de sua organização criminosa, razão pela qual deixam de existir as prerrogativas que levaram o Supremo Tribunal Federal (STF) a suspender o pedido anterior de prisão.
De acordo com informações obtidas pelo jornal O Globo, os documentos, segundo o Gaeco, comprovam que Rogério de Andrade continuava a receber recursos provenientes de jogos de azar e a pagar propina para proteger-se da polícia. Uma das provas revela que um emissário teria cobrado os atrasados de propina para quatro delegacias de polícia do Rio.
Rogério é sobrinho de Castor de Andrade, que dominava o jogo do bicho nas décadas de 70 e 80 no Rio. Após a morte do tio, em 1997, ele passou a disputar os bens da família com Fernando Iggnácio, genro de Castor, que foi assassinado há quase dois anos.
*Com informações de O Dia e O Globo
Edição: Jaqueline Deister