O inquérito sobre o homicídio de Letícia Marinho Sales, morta durante uma operação conjunta das policias Civil e Militar no Complexo do Alemão, na zona Norte do Rio de Janeiro no dia 21 de agosto, aponta que o tirou que matou a mulher partiu da arma de um policial militar.
O policial, que é lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Parque Proletário, no Complexo da Vila Cruzeiro, na Penha, zona Norte do Rio, está afastado da corporação.
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Segundo a Polícia Militar, a investigação do caso está a cargo da Polícia Civil e a Corregedoria da Corporação colabora integralmente com a averiguação, além de ter instaurado um procedimento interno.
De acordo com o depoimento obtido pelo jornal O Globo, o cabo responsável pelo disparo contou que estava na Estrada do Itararé, em frente ao Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes, quando viu dois carros emparelharem no sinal de trânsito. Segundo o relato, o PM viu uma pessoa colocar o corpo para fora, achou que se tratava de um criminoso e deu 12 tiros de fuzil.
No entanto, de acordo com as informações da reportagem, se tratava de uma policial militar fardada dentro de um carro descaracterizado de um amigo tentando se identificar para o policial. Segundo o cabo, ele não ouviu a agente se identificar e atirou. Um dos tiros atingiu Letícia, que já chegou sem vida na unidade de saúde e o outro acertou a perna do motorista e também policial que estava no veículo descaracterizado.
Nesta semana a família de Letícia compareceu para um atendimento na Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. O órgão assumiu o caso e representará à família na justiça e nas esferas extrajudiciais.
Edição: Jaqueline Deister