O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é agora oficialmente o candidato à Presidência da República do PT e da federação Brasil da Esperança, que o partido integra com PCdoB e PV. A chapa formada com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) como vice foi aprovada nas convenções do partido e da federação na manhã desta quinta-feira (21).
Os eventos aconteceram em sequência em um hotel na região central de São Paulo. Sem a presença de Lula, que cumpre agendas da pré-campanha em Pernambuco, as convenções não contaram com atos políticos nem falas públicas.
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De acordo com as pesquisas de intenção de voto, Lula tem ampla vantagem sobre o segundo colocado, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição e anunciará sua candidatura no próximo domingo (24).
Desde o início do ano, Lula tem se empenhado na construção de uma ampla aliança para derrotar Bolsonaro. Um dos frutos da negociação foi a surpreendente indicação de Alckmin.
Resultado desse esforço, a coligação “Vamos junto(a)s pelo Brasil” reúne até agora sete legendas, com PSB, PSOL, Rede e Solidariedade se juntando a PT, PCdoB e PV. Juntos os partidos elegeram 123 deputados federais em 2018, quase um quarto da Câmara (24%). Em comparação, em 2018 o PT conseguiu apenas o apoio de PCdoB e PROS para a chapa inicialmente liderada por Lula, depois substituído por Fernando Haddad.
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Lula embarca agora em sua sétima campanha presidencial e busca seu terceiro mandato, o que seria um feito inédito no país. Em 2018, o petista liderava as pesquisas de intenção de voto quando foi preso como consequência da Operação Lava Jato, fruto de manobras ilegais do ex-juiz Sérgio Moro, que se tornou ministro de Jair Bolsonaro após as eleições.
Preso por 580 dias, entre 7 de abril de 2018 e 8 de novembro de 2019, Lula nunca escondeu que pretendia disputar a presidência da República para impedir a reeleição de Bolsonaro e garantir o retorno do PT ao Palácio do Planalto seis anos depois do golpe contra Dilma Rousseff.
Edição: Rodrigo Durão Coelho