PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Após privatização da Eletrobras: Aneel autoriza doação de prédio do Gasômetro a Porto Alegre

Local dedicado à cultura era cedido à cidade desde 1982 pela Eletrobras, que foi privatizada em junho deste ano

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Prédio está em reforma desde 2017 e, após adiamentos, a conclusão das obras está prevista para este ano - Foto: Alex Rocha/PMPA

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a doação definitiva do prédio da Usina do Gasômetro para o município de Porto Alegre. Segundo a prefeitura, o anúncio foi na terça-feira (28), em reunião do prefeito Sebastião Melo (MDB) com a diretoria da agência, em Brasília.

Melo comemorou o despacho favorável para que o imóvel, cedido à prefeitura pela Eletrobras desde 1982, passe oficialmente a integrar o patrimônio municipal. “Restam apenas alguns detalhes burocráticos com a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), mas é um passo muito importante dentro dos 250 anos de Porto Alegre para que este bem esteja escriturado no patrimônio da cidade”, comemora.

Histórico da Usina

Em 2021, a prefeitura pleiteou a doação da Usina do Gasômetro ao município, visto que o local pertence à Eletrobras, que o governo Bolsonaro vinha atuando para privatizar - processo concluído em junho de 2022.

Desde 2017, a Usina, que abrigava uma série de espaços voltados a arte e cultura, está fechada para reformas. Após atrasos no cronograma da entrega, as obras devem ser concluídas neste ano e o espaço deve contar com diversas áreas de exposição e espaços multiusos, sala de dança e áreas técnicas, além de restaurante com vista panorâmica.

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A Usina do Gasômetro foi inaugurada em 1928 e produzia energia elétrica a partir da queima de carvão. Foi desativada em 1974 e por pouco não foi posta abaixo. À época, a reação dos porto-alegrenses impediu que fosse derrubada para dar lugar à avenida que margeia o rio.

Porto Alegre administra o espaço, cedido por tempo indeterminado, desde 1982. Abandonado havia oito anos, o prédio estava com o interior devastado. Os primeiros movimentos para sua recuperação começaram no governo Alceu Collares (PDT). O investimento das administrações seguintes - Olívio Dutra, Tarso Genro, Raul Pont e João Verle - permitiu a inauguração e manutenção do centro, que abriga teatro, cinema, galerias e outros equipamentos

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira