O novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sugere, com base nos registros de curto prazo, ou seja, últimas três semanas, uma possível interrupção na tendência de crescimento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Apesar dos números permanecerem altos na tendência de longo prazo, últimas seis semanas, os dados recentes apontam uma formação de platô no aumento de novos casos. Além disso, os dados referentes aos resultados laboratoriais positivos nas últimas quatro semanas indicam amplo predomínio do vírus Sars-CoV-2, especialmente na população adulta, representando 80,6% dos casos e 94% dos óbitos.
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O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, alerta que esse quadro deve ser interpretado com cautela e reavaliado nas próximas semanas para confirmação.
“Embora ainda apresentem sinal de crescimento na tendência de longo prazo, os estados das regiões Sudeste e Sul dão sinais de possível interrupção nesse aumento de casos, com formação de platô nas primeiras semanas de junho. Como tivemos o feriado prolongado na última semana, pode ter algum impacto nos registros, por isso a cautela e necessidade de aguardar as próximas atualizações para confirmação do cenário”, explica.
Estados
Treze das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência da SRAG a longo prazo, ou seja, últimas seis semanas, até a semana 24: Acre, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. As demais apresentam sinal de estabilidade ou queda na tendência de longo prazo.
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Dados laboratoriais e por faixa etária mostram que o crescimento nos meses de maio e abril foi decorrente de aumento nos casos de covid-19. Apenas no Rio Grande do Sul se observou aumento significativo também nos casos positivos para Influenza (gripe), ainda que em valores relativamente baixos e inferiores àqueles associados ao Sars-CoV-2.
O estudo é referente à Semana Epidemiológica (SE) 24, período de 12 a 18 de junho de 2022, a pesquisa tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 20 de junho.
Edição: Jaqueline Deister