A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) confirmou que o primeiro caso da varíola do macaco na cidade foi detectado na última terça-feira (14). A amostra foi analisada pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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O paciente é um homem brasileiro, de 38 anos, residente em Londres, que chegou ao Brasil no dia 11 de junho. Ele procurou atendimento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) no dia seguinte da sua chegada.
Segundo a pasta, o paciente está em isolamento domiciliar e apresenta sintomas leves. A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS-Rio) acompanha o estado de saúde. Outras cinco pessoas que tiveram contato com o paciente estão sendo monitoradas e recebendo orientação.
"A SVS-Rio mantém vigilância ativa para detecção oportuna de casos da doença no município do Rio de Janeiro. Também está monitorando o cenário epidemiológico nacional e internacional mantendo as unidades de saúde informadas e orientadas para vigilância, alerta e resposta a eventos de saúde pública", disse em nota.
Ao Brasil de Fato, a infectologista Lisandra Damasceno explicou que a doença é causada pelo vírus orthopoxvirus, semelhante à varíola comum. “Pessoas que já foram vacinadas para a varíola humana, ou seja, aquelas que têm entre 40 e 50 anos, podem ter alguma proteção para essa varíola dos macacos”, afirmou.
Os sintomas da doença são febre, dor no corpo, dor de cabeça, cansaço, gânglios inchados e erupções cutâneas. A transmissão ocorre a partir do contato com fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.
O primeiro caso da doença foi confirmado na cidade de São Paulo neste mês. O paciente é um homem de 41 anos que viajou à Espanha.
Edição: Clívia Mesquita