O lançamento do livro "Querido Lula: Cartas a um Presidente na Prisão" na noite desta terça-feira (31) reuniu artistas e apoiadores do ex-presidente no teatro Tuca, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em discurso de quase 40 minutos, Lula criticou insinuações de Bolsonaro de não aceitar o resultado das eleições de outubro.
"Não adianta o Bolsonaro dizer que vai dar golpe, que 'só Deus me tira daqui'. Como eu acredito que a voz do povo é a voz de Deus, a voz do povo vai tirar ele de lá", afirmou.
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"Estamos lutando contra gente muito ruim, contra os matadores da Marielle, os milicianos, as pessoas que não têm medo de matar inocentes, de fazer com o Genivaldo o que a Polícia Rodoviária fez em Sergipe", acrescentou Lula.
Investimentos em educação
Em discurso enfático, o ex-presidente Lula também defendeu mais recursos para o setor educacional do país. Ele afirmou que incentivar o ingresso de jovens na educação não é uma opção, mas uma necessidade no país.
"Tem uma coisa na minha cabeça mais forte do que eu já vivi em qualquer outro momento. (…) Nenhum país do mundo consegui ser independente, rico e soberano sem investir na educação. A ignorância não gera um estadista, gera um Bolsonaro”, destacou.
Sobre o livro
Durante os 580 dias em que esteve preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Lula recebeu presentes como livros, revistas, poemas, cordéis, fotografias, desenhos, roupas e até cobertores para espantar o frio da capital paranaense. E também não faltou conforto pelas palavras. Cerca de 25 mil cartas foram endereçadas a ele nesse período. Deste total, 46 foram selecionadas e publicadas pela editora Boitempo.
O "lançamento-espetáculo", reuniu nomes da cultura brasileira, como Denise Fraga, Camila Pitanga, Zélia Duncan, Cleo Pires, Tulipa Ruiz, Cida Moreira e Preta Ferreira. Também participaram do evento a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), entre outros políticos.
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Edição: Vivian Virissimo