O assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, após ser torturado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Sergipe, continua repercutindo, inclusive, internacionalmente.
O escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) para a América do Sul cobrou investigação “célere e completa” do caso por parte das autoridades brasileiras.
O chefe do escritório da instituição, Jan Jarab, no site da instituição, declarou ser “fundamental que as investigações cumpram com as normas internacionais de direitos humanos e que os agentes responsáveis sejam levados à Justiça, garantindo reparação aos familiares da vítima”.
“A morte de Genivaldo, em si chocante, mais uma vez coloca em questão o respeito aos direitos humanos na atuação das polícias no Brasil”, disse.
“A violência policial desproporcionada não vai parar até as autoridades tomarem ações definitivas para combatê-la, como a perseguição e punição efetiva de qualquer violação de direitos humanos cometida por agentes estatais, para evitar a impunidade”, acrescentou.
Jarab defendeu, ainda, o combate dos estereótipos negativos contra as pessoas afrodescendentes, abordagem humana de pessoas com problemas de saúde mental e a necessidade de mais formação em direitos humanos para a polícia brasileira.
Relembre o caso
Durante a ação truculenta, Genivaldo foi imobilizado e colocado dentro do porta-malas da viatura da PRF. Os policiais jogaram gás no local e forçaram a vítima a inalar a substância.
De acordo com laudo divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.