A quarta dose da vacina contra o coronavírus já está sendo aplicada em todo o Brasil. Segundo orientações do Ministério da Saúde, estados e municípios têm autonomia para conduzir o processo vacinal em todas as regiões do país.
Participam dos grupos prioritários, idosos com 80 anos ou mais, pessoas imunossuprimidas e brasileiros que estão indo viajar para algum país que não aceite as vacinas já disponibilizadas no Brasil.
No final de março, o Ministério da Saúde divulgou orientações para as aplicações, mas a depender da demanda e da capacidade de cada estado, as regras devem mudar. Por exemplo, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, estão sendo vacinados idosos a partir dos 60 anos. Na Bahia a vacinação está sendo feita em pessoas acima dos 65 anos e no Rio, em maiores de 70 anos.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, é importante que os idosos estejam com a vacinação em dia para manter o nível de imunização alto, já que o sistema imunológico também envelhece.
Pessoas imunossuprimidas maiores de 12 anos, como transplantados, pessoas que vivem com HIV, pessoas em tratamento para o câncer ou que necessitem tomar medicamentos que baixam a imunidade, também necessitam procurar o posto de saúde mais próximo para estarem em dia com a imunização.
Nestes dois casos é necessário aguardar quatro meses após a terceira dose para a aplicação da quarta dose.
Está com viagem marcada para o exterior?
Se você já está com a imunização em dia e irá viajar para um país que não aceita as vacinas disponibilizadas no Brasil, há também a possibilidade de tomar a quarta dose de outro laboratório. Neste caso, o intervalo mínimo entre a terceira e a quarta dose deve ser de, no mínimo, quatro semanas.
Pessoas que estão com viagem marcada e ainda não completaram o ciclo vacinal, a orientação é que procurem os postos de saúde. Nestes casos, a segunda dose também pode ser antecipada, desde que sejam respeitados os intervalos mínimos de 21 dias para Pfizer e 28 dias para Astrazeneca/Fiocruz.
Crianças e jovens entre 5 e 17 anos que também irão viajar ao exterior devem receber, segundo orientações do Ministério da Saúde, uma dose adicional da Pfizer, desde que estejam com as duas doses em dia. O tempo entre a segunda e a terceira doses deve ser de quatro semanas.
A partir da análise destes casos específicos, o Ministério da Saúde reafirmou a autonomia dos estados e municípios para que sejam pensados os melhores esquemas vacinais, de acordo com as exigências dos países de destino. As comprovações das viagens também estão sendo definidas pelas gestões locais.
Atualizações sobre a Covid-19
Segundo estudos da Fiocruz, os casos de contaminação por Covid-19 voltaram a crescer entre os meses de abril e maio deste ano. Mesmo assim, o Governo Federal anunciou nesta semana o fim do estado de emergência em saúde pública, exatamente em um momento em que as pessoas estão tomando menos cuidado com as medidas de proteção.
Além disso, a chegada do inverno e o fato de que o Brasil ainda não alcançou o objetivo de cobertura vacinal, preocupam.
Segundo Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz, em entrevista para o Brasil de Fato, “Infelizmente os nossos dados revelam que a pandemia está voltando a crescer. Durante o mês de abril e o comecinho de maio, o número de novos casos semanais e justamente as internações voltaram a aumentar. Os adultos são os maiores infectados”.
Edição: Douglas Matos