De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), Luiz Adelino dos Santos Filho estava internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas e não resistiu aos ferimentos. O óbito ocorreu na madrugada desta quinta-feira (26).
A unidade de saúde recebeu 28 vítimas da operação que reuniu agentes do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (BOPE), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 21 pessoas já chegaram sem vida e três pacientes permanecem internados no hospital.
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Outros dois feridos, um identificado como Edson Ferreira da Costa, foi transferido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo de Gericinó e seu estado de saúde é estável e outro, Ryan de Almeida, segue internado no Hospital Municipal Salgado Filho.
Repercussão
Na última quarta-feira (25), a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro enviou um ofício questionando a operação ao Comando de Operações Especiais da Polícia Militar. No documento o órgão pede também que a PM indique quem autorizou a incursão, além de solicitar informações sobre as vítimas e registros dos óbitos.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que é relator no STF da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 635, mais conhecida como "ADPF das Favelas", também se manifestou ontem sobre a operação policial.
"Ao procurador [procurador de justiça do Rio (MP-RJ), Luciano de Oliveira Mattos de Souza], o ministro demonstrou muita preocupação com a notícia de mais uma ação policial com índice tão alto de letalidade na data de ontem, mas informou que soube da pronta atuação do Ministério Público e que tem confiança de que a decisão do STF será cumprida, com a investigação de todas as circunstâncias da referida operação", diz nota emitida pelo gabinete do ministro.
*Com informações do jornal O Dia
Edição: Jaqueline Deister