A Justiça do Rio de Janeiro determinou na última terça-feira (24) a transferência do ex-governador Sérgio Cabral do Quartel do Humaitá, na zona sul da capital, para o Grupamento Especial Prisional (GEP) do Corpo de Bombeiros, em São Cristóvão, na zona norte da cidade.
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O ex-governador havia sido transferido antes de São Cristóvão para o Humaitá, já que a unidade da zona norte passava por obras e, segundo o comandante da corporação, coronel Leandro Monteiro, oferecia riscos à segurança de Cabral por estar próxima ao Morro da Mangueira.
No entanto, uma vistoria realizada no último dia 21 pela Vara de Execuções Penais, em São Cristóvão, não detectou qualquer problema em relação a segurança da unidade e constatou que "as celas são espaçosas comportando até dois presos, sendo que há uma cela vazia" e que a unidade "se situa em imóvel amplo e seguro, com grande espaço de circulação, estando próximo a duas escolas na localidade.
A juíza Ana Paula Abreu Filgueiras, da Vara de Execuções Penais, determinou que o ex-governador fique na cela vazia existente no GEP, isolado dos demais detentos para sua segurança. Também no momento da vistoria foi informado pelo oficial de dia que não havia a realização de obras no local.
Hospital privado
A defesa do ex-governador havia pedido que ele fosse submetido a exames por três dias no Hospital Copa Star, em Copacabana, em razão de ser diabético, ter problemas no estômago e fazer uso de medicamentos contínuos para uma avaliação médica.
A juíza destacou que é direito do preso receber o tratamento médico necessário à salvaguarda de sua vida e integridade física e que o pedido para que Cabral seja internado por três dias em hospital particular condiciona-se à comprovação de efetiva necessidade sob o ponto de vista médico/terapêutico.
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Na decisão, a magistrada negou o pedido para internação no Copa Star. Segundo ela, a ida de Cabral para a rede privada só pode ocorrer em casos de extrema gravidade e quando a UPA ou hospital penitenciário não tiverem recursos médicos e terapêuticos necessários.
Outro pedido negado pela Justiça foi para que o ex-governador recebesse jornais e revistas de um jornaleiro contratado. Ficou decidido que ele pode receber jornais e revistas levados por advogados e parentes.
Edição: Eduardo Miranda