Em assembleia realizada na noite desta terça-feira (24) os metroviários decidiram aceitar a proposta da companhia feita em audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho e cancelaram a greve programada para quarta-feira. Com o acordo, as linhas funcionam normalmente.
Segundo o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, o acordo estabelece o pagamento de dois steps, termo que se refere à remuneração de funcionários que ganham menos desempenhando funções equivalentes a outros que ganham mais, até 2023. Um deles corresponde a um reajuste de 5% em 31 de agosto de 2022 e o outro, de mesmo percentual, em 31 de janeiro de 2023.
Também foi acertado o fim do chamado "subsolo", contratações de funcionários por salários abaixo do piso salarial da categoria. Os salários serão reajustados em 12,26%, assim como os vales alimentação e refeição.
Impasse inicial e debate sobre greve
Na última terça-feira (17), os trabalhadores do Metrô de São Paulo já haviam suspendido uma greve inicialmente marcada para o dia 18. A categoria havia considerado insuficientes as propostas do Metrô na ocasião, mas aceitou a cláusula de paz, com manutenção do estado de greve.
"A proposta do Metrô não resolve o problema da injustiça salarial mas representa um avanço rumo à equiparação salarial", disse o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, em nota divulgada após a assembleia. "A luta continua pela isonomia salarial, pagamento das PRs e contra a terceirização e a privatização."
Edição: Glauco Faria